Moraes autoriza transferência de militares ligados ao plano de golpe para prisão em Brasília
Alexandre de Moraes autorizou a transferência dos militares presos pelo plano de golpe, Mário Fernandes e Rodrigo Bezerra, para Brasília
Congresso em Foco
2/12/2024 | Atualizado às 16:20
A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a transferência de militares presos por envolvimento com plano golpista, nesta segunda-feira (2). Detidos no Rio de Janeiro desde 19 de novembro, o general e ex-secretário executivo da Presidência da República Mário Fernandes e o militar Rodrigo Bezerra serão transferidos para o Comando Militar da Capital, em Brasília. Os dois militares, integrantes dos "kids pretos", foram presos preventivamente, em 19 de novembro, após a Polícia Federal (PF) deflagrar a Operação Contragolpe, com objetivo de desarticular um grupo de militares que planejava um golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil. Outros dois militares e um policial federal também foram presos. Veja quem são os presos:
Hélio Ferreira Lima - militar com formação em Forças Especiais;
Mário Fernandes - ex-comandante de Operações Especiais, o general reformado que foi secretário executivo da Presidência da República no governo Bolsonaro e assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde;
Rafael Martins de Oliveira - militar com formação em Forças Especiais;
Rodrigo Bezerra de Azevedo - militar com formação em Forças Especiais;
Wladimir Matos Soares - policial federal
A decisão de Alexandre de Moraes estabelece que sejam respeitadas as condições de prisão especial de militares, que estavam sendo cumpridas no 1º Batalhão de Polícia do Exército, onde estão detidos. O ministro ainda permitiu a visita das esposas e filhos de Mário Fernandes e Rodrigo Bezerra, Outras visitas devem ser autorizadas pelo magistrado. Conforme a investigação, os "kids pretos", que são os integrantes das Forças Especiais do Exército, elaboraram o plano "Punhal Verde Amarelo". Impresso no Palácio do Planalto pelo próprio general Mário Fernandes, o documento previa o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. No último relatório divulgado, a PF indiciou 37 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, em razão do envolvimento com a trama. Além dos militares, o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros, como Augusto Heleno e Braga Netto, e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) também foram indiciados.