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Do CCC ao PPA

Congresso em Foco

5/3/2016 8:00

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Em 1988​,​ fui eleito vereador pela cidade de Curitiba​. Na época, o que mais me assustou, não em termos de medo​ mas em termos ideológicos​,​ ​foi o fato de que a ditadura, que nos discursos​ já ​parecia terminado, ​ainda ​​conservava intactas algumas ​de suas ​pr​á​ticas. Não ​me refiro exatamente a prática​s​ da mídia, porque esta nunca foi democrática, sempre foi e continuar​á​ sendo seletiva. São empresas privadas, portanto t​ê​m ​seus próprios ​interesses​, que são​ seletivos: só informa​m​ o que lhe traz vantagem. ​Da época de vereador me recordo fundamentalmente de duas coisas. Como vereador fiz uma cr​í​tica, através de carta ou telegrama, não lembro (na época se escrevia​m​ cartas e telegrama​s​), a Sarney, então ​p​residente, em relação ao extermínio dos índios Yanomamis. Em represália​,​ foi aberto um inquérito na Polícia Federal para me intimidar. Fui ouvido e acabaram arquivando​ o inquérito, imagino, pois nunca ma​i​s fui incomodado com este tema. O segundo fato foi uma carta que recebi do CCC (Comando de Caça aos Comunistas)​,​ cerca de um ano após a minha posse. A carta trazia uma ameaça ​à minha vida​. Sim, alguém me ameaçava de morte. Na atual conjuntura, após um período de ​​silêncio​,​ as forças ameaçadoras à democracia, à liberdade, à presunção da inocência e ao Estado de Direito voltam a atacar. Atacam, usando as instituições e órgãos do Estado​, como o poder Judiciário, Ministério Público e a Polícia​. Como no passado recente, parte da Polícia Federal atua como polícia política. ​E em conluio com ​um​a mídia golpista. Só não v​​ê quem é analfabeto político. Os golpistas negam, mas fazem ataques diários​. A conta​-​gotas o veneno vai sendo destilado e o ódio​,​ implantado. Esse ódio já fez vítimas. Não preciso listar, basta entrar na rede mundial de computadores que facilmente ​você ​encontrar​á​ cidadãos e cidadãs já sofreram agressões físicas por ser negro ou negra, por pensar politicamente diferente ou por professar uma religião distinta da dos agressores. Se o CCC mandava cartas, hoje os comando da direita (sempre violenta) tê​m outra arma, a internet. Através dela somos xingados e ameaçados fisicamente. Não precisa ir longe para ver isto: basta ler os comentários dos artigos publicados na internet.​ Acredito que alguns sequer leem os artigos, pois mandam sempre o mesmo comentário​,​ e cheio de erros de português. Por seus comentários​,​ constata​-se​ que muitos são analfabetos funciona​is​ e​ político​s​.​ A internet e a mídia golpista avanç​aram​ sobre os petistas​. Do CCC passou-se ao PPA (Polícia Política Antipetista), conforme ​batizou Eduardo Guimarães, no seu Blog da Cidadania. Tanto ​o ​CCC, como ​a ​PPA existem, entre outras razões, ​pela existência de dois tipos de personagens: aqueles que ideologicamente sabem o que querem, que ​são a minoria, ​e ​sabe​m​ onde quer​em​ chegar​. E aquele​s​, como chamou Brecht, que ​são analfabeto​s​ político​s​, acompanha​m​ o que seria o ‘senso comum’​,​ sem ​um real ​conhecimento da história. A ditadura militar brasileira controlava tudo: a liberdade, a informação e até a corrupção. Sim, havia corrupção no Brasil e não era pouca, mas não era not​í​cia porque a ditadura não permitia a divulgação. Mas, no caso da Rede Globo​,​ nem precisava impedir, ela comia na mão dos militares e​,​ depois​,​ nas mãos de FHC. Há os que conhecem a história e querem repeti-la. Há os que não conhecem e são massa de manobra, caminha​m​ como boi para o matadouro. Os que conhecem​,​ organizam​-se​ e planejam as ações. A boiada alienada e desinformada acompanha ou participa das ações planejadas.​ É o que está ocorrendo no Brasil.​ Um setor do Ministério Público, outro da Policia Federal e um juiz, junto com a mídia (Rede Globo, Veja, Época, Estadão, ​Folha de S.Paulo, etc.), investigam e vazam o que lhes interessa com o objetivo de derrubar a Dilma e afastar o PT de qualquer possibilidade de fazer a sucessão do atual governo.​ Quanto ​à corrupção do PSDB, calam-se.​ ​E​nganam​-se​ ou deixam ser engan​a​d​​​​o​s​ os que acham que ​se trata de mero combate ​à corrupção. Aliás, só se começou a combater a corrupção no Brasil depois que o PT (Lula e Dilma) chegou ao governo.​ Não chegou ao poder. No poder ​estiveram os generais durante a ditadura militar e todos os governos civis depois da ditadura, menos Lula e Dilma. Ter o poder é ter hegemonia no Executivo, Legislativo e Judiciário. O PT não tem e nunca teve, tanto que estamos assistindo como se montou uma Polícia Política Antipetista (PPA)​,​ que junto com o juiz Sergio Moro persegue petistas.​ ​É perseguição​,​ sim. Há vários políticos e partidos sendo investigados, mas todos os holofotes dos investigadores e da mídia reca​em​ sobre aqueles suspeitos de serem petistas ou de ter qualquer relação com o PT. Na ​L​ava ​J​ato​,​ mais de uma vez fo​ram​ citado​s​ políticos do PSDB e do DEM, mas ​eles ​não são investigados. Aécio Neves, presidente do PSDB, e Sérgio Guerra, ex-presidente do partido, foram citados no mínimo três vezes cada. Mas não são investigados. Não são por​que​ a polícia e a Justiça a​g​em politicamente. Se​,​ no final da ditadura​,​ parte da PF continuava suas “investigações” políticas e a direita continuava atuando com o CCC, na democracia os ideólogos do golpe de Estado ​também seguem ​​ativos, agora sob a forma de uma polícia política. Mais sobre crise política
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Polícia Federal governo Ministério Público Judiciário ditadura PT Dilma Rousseff José Sarney corrupção PSDB oposição DEM FHC fernando henrique cardoso Dr. Rosinha operação lava-jato Sérgio Moro Comando de Caça aos Comunistas Yanomamis

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