Robinho é preso por estupro. Pena é de nove anos de cadeia
Jogador foi condenado na Itália e, por determinação do STJ, vai cumprir pena no Brasil. Prisão foi em Santos (SP).
Congresso em Foco
21/3/2024 21:36
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O ex-jogador de futebol Robson de Souza, o Robinho, 40 anos, foi preso nesta quinta-feira (21) na sua casa, em Santos (SP). Robinho foi condenado na Itália por estupro e, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), vai cumprir a pena no Brasil.Por volta das 19h, o ex-jogador foi levado por um veículo da Polícia Federal (PF). Estava no bairro de Aparecida, onde mora.
Do crime à prisão
Robinho foi considerado culpado pela justiça italiana por ter participado de um estupro coletivo contra uma mulher albanesa, junto com outros cinco homens. A vítima estava inconsciente por conta do consumo de álcool.Do caso até a prisão, foram 11 anos:
o crime foi em 2013, em uma boate de Milão, na Itália, quando Robinho jogava no clube italiano Milan. Na versão do jogador, a relação foi consensual.
em 2014, a acusação foi noticiada pelo jornal italiano Corriere dello Sport.
a condenação em primeira instância, pela Justiça italiana, veio em 2017. O jogador foi condenado a nove anos de prisão.
em 2020, o programa Globo Esporte noticiou que interceptações telefônicas invalidaram a versão de Robinho sobre os fatos. A notícia se baseou em transcrições dos áudios, usadas pela Justiça italiana.
a Corte de Cassação de Roma, instância máxima do Judiciário italiano, rejeitou o recurso final de Robinho em janeiro de 2022, confirmando a sentença. Como o jogador já estava no Brasil, a justiça do país europeu pediu que Robinho cumprisse a pena em uma penitenciária brasileira.
em 2023, o portal Uol divulgou uma leva de áudios grampeados do jogador, que derrubavam a versão de que a relação havia sido consensual.Nas gravações, é possível ouvir Robinho dizendo que "a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu".
em 20 de março de 2024, a Corte Especial do STJ decidiu que Robinho deve cumprir no Brasil a pena estabelecida pela Justiça da Itália.
a defesa do jogador entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã de 21 de março. O ministro Luiz Fux, sorteado como relator, negou.