[caption id="attachment_174491" align="alignleft" width="285" caption="Vargas afirma que o direito de ampla defesa não foi respeitado no Conselho"]

[fotografo]Antonio Araújo/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]Pela segunda semana seguida, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) não conseguiu analisar o recurso do deputado André Vargas (sem partido-PR) contra o processo de cassação aprovado no Conselho de Ética da Câmara. Não houve quorum suficiente para analisar o pedido do paranaense. Uma nova sessão deve ser convocada para a próxima semana para tratar do caso.
André Vargas contesta a decisão unânime do Conselho de Ética de aprovar o pedido de cassação por sua relação com o doleiro Alberto Youssef, preso desde março acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que veio à tona na Operação Lava Jato. O deputado paranaense afirma que seu direito de defesa no órgão não foi respeitado.
Relator do recurso na CCJ, o deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ) rejeitou o argumento de Vargas. Segundo o parlamentar fluminense, o direito de defesa e o devido processo legal foram respeitados. Ele entregou o parecer no início de setembro, mas até hoje não foi colocado em votação. Se os outros deputados da comissão acompanharem Zveiter, o caso segue para o plenário. São necessários ao menos 257 votos para cassar o mandato de um parlamentar.
O pedido de cassação contra Vargas foi aprovado em 20 de agosto no Conselho de Ética. Pesa contra ele o fato de ter usado um jatinho emprestado por Youssef para passar férias no nordeste. Outra acusação é que ele teria ajudado o doleiro a conseguir contratos no Ministério da Saúde para empresas fantasmas. Ele admitiu o uso do jatinho, mas nega ter feito lobby para Youssef.
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