Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Entenda como as investigações das joias complicam a situação de ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

acusado de corrupção

Entenda como as investigações das joias complicam a situação de Bolsonaro

Acusados eram responsáveis por negociar  bens enviados por autoridades estrangeiras "com o intuito de gerar o enriquecimento ilícito

Congresso em Foco

9/7/2024 | Atualizado às 18:25

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Bolsonaro e o seu ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, preso pela venda ilegal de joias. Foto: Presidência da República

Bolsonaro e o seu ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, preso pela venda ilegal de joias. Foto: Presidência da República
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato, no caso de negociação das  joias recebidas da Arábia Saudita. O inquérito da  Polícia Federal concluiu que o ex-presidente acompanhou as transações e recebeu dinheiro pelas vendas. Segundo a investigação, o valor arrecadado foi incorporado ao patrimônio de Bolsonaro. "Identificou-se, ainda, que os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores", afirma relatório da  PF. No dia 26 de outubro de 2021,  agentes da Receita Federal apreenderam, no aeroporto de Guarulhos,  um estojo com colar, anel, relógio e um par de brincos de diamante. O kit, avaliado em R$ 5,1 milhões, estava em posse de Marcos André dos Santos Soeiro, assessor do ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque. A operação teve início em 2023, quando a PF abriu o inquérito para apurar o caso, visto que os itens não foram declarados. O Palácio no Planalto alegou que as joias eram um presente do príncipe  da Arábia Saudita Abudulaziz bin Salman Al Saud para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O Tribunal de Contas da União solicitou, então, que Bolsonaro devolvesse os bens. A defesa do ex-presidente entregou o conjunto retido pela Receita, mais dois kits que haviam escapado da fiscalização. De acordo com a legislação, os itens recebidos pertencem ao acervo brasileiro.

Enriquecimento ilícito

A Polícia Federal afirma que uma organização criminosa agia dentro do Palácio do Planalto. Os integrantes eram responsáveis por negociar bens da União "com o intuito de gerar o enriquecimento ilícito".  A PF indiciou o ex-presidente e mais 11 suspeitos pelo desvio de R$ 6,8 milhões, referentes às joias. O relatório da PF aponta que Bolsonaro acompanhou o leilão de peças milionárias. O inquérito também mostra trocas de mensagem entre o ex-presidente e o  tenente-coronel Mauro Cid, ex -braço direito da presidência. Em depoimento de delação premiada, Cid afirmou que Bolsonaro recebia os valores das transações em "cash". De acordo com  Osmar Crivelatti, ex-auxiliar do então presidente, as ordens para negociação partiram diretamente da presidência. Foram indiciados, ainda, os seguintes aliados do ex-presidente:
  • Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, ex-ministro de Minas e Energia de Bolsonaro, pelos crimes de apropriação de bens públicos e associação criminosa
  • José Roberto Bueno Júnior, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia, por apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro
  • Júlio Cesar Vieira Gomes, auditor-fiscal e ex-secretário da Receita, pelos crimes de apropriação de bens públicos, associação criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa
  • Marcelo da Silva Vieira, chefe do gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República no mandato de Bolsonaro, por apropriação de bens públicos e associação criminosa
  • Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, pelo crime de lavagem de dinheiro
  • Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor de Bento Albuquerque, por apropriação de bens públicos e associação criminosa
  • Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, pelos crimes de apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro
  • Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação, por lavagem de dinheiro e associação criminosa
  • Frederick Wassef, advogado do ex-presidente, por lavagem de dinheiro e associação criminosa
  • Mauro Cesar Lourena Cid, general da Reserva do Exército, por lavagem de dinheiro e associação criminosa
  • Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro, pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa
Estados Unidos De acordo com a investigação, entre 30 de dezembro de 2022 e 30 de março de 2023, período em que esteve fora do país, Bolsonaro não realizou movimentações em suas contas. O fato levou a PF a concluir que o ex-presidente usou o dinheiro obtido com a venda das joias para se manter nos Estados Unidos. "Tal fato indica a possibilidade de que os proventos obtidos por meio da venda ilícita das joias desviadas do acervo público brasileiro, que, após os atos de lavagem especificados, retornaram, em espécie, para o patrimônio do ex-presidente, possam ter sido utilizados para custear as despesas em dólar de Jair Bolsonaro e sua família, enquanto permaneceram em solo norte-americano", afirmou a PF. Os investigadores conseguiram rastrear pelo menos três kits de joias que foram resgatados. Um kit masculino da marca Chopard foi retirado da loja Fortuna Auctions, localizada no estado de Nova Iorque. O segundo kit, que contém um relógio Rolex de ouro branco, estava em um estabelecimento em Miami e foi retirado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid. O terceiro conjunto de esculturas presenteadas por autoridades do Bahrein estava na casa do pai de Mauro Cid, Mauro Lourena Cid, general da reserva do Exército, que morava na cidade norte-americana. A PF também informa que um relógio da marca Patek Philippe foi levado aos Estados Unidos, mas está desaparecido. "Mauro Cesar Lourena Cid seria ainda a pessoa responsável por receber, em nome e em benefício de Jair Messias Bolsonaro, os recursos decorrentes da venda dos bens. Por fim, identificou-se que os recursos auferidos com as vendas eram encaminhados, em espécie, para Jair Bolsonaro, evitando, de forma deliberada, passar pelos mecanismos de controle e pelo sistema financeiro formal, possivelmente para evitar o rastreamento pelas autoridades competentes", apontou a PF.

Próximos passos

O indiciamento não leva à detenção imediata, entretanto, a  Procuradoria-Geral da República (PGR) pode pedir ao STF a prisão preventiva dos envolvidos caso haja o risco de eles prejudicarem as investigações. Após o indiciamento, a PF enviará o relatório ao  Supremo.  A PGR  será convocada a se pronunciar, então poderá solicitar mais provas, arquivar o inquérito ou seguir com uma denúncia formal no no STF. Se o Supremo aceitar a denúncia, os envolvidos se tornarão réus e responderão ação penal.  No caso de uma possível condenação, Bolsonaro pode pegar de dez a 32 anos de prisão.  Pelas redes sociais, Bolsonaro tentou descredibilizar as apurações da PF. Ele ironizou o fato de os investigadores terem estimado o valor das joias em R$ 25 milhões, inicialmente, e, depois, terem retificado a informação. "Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias desviadas estão na CEF, acervo ou PF, inclusive as armas de fogo. Aguarda-se a PF se posicionar no caso Adélio: 'quem foi o mandante?' Uma dica: o delegado encarregado do inquérito é o atual diretor de inteligência", escreveu. (Com informações da Agência Brasil) Leia também: Vice-PGR de Augusto Aras pediu que investigação das joias saísse do STF PF identifica nova joia nos EUA em investigação sobre Bolsonaro  
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Polícia Federal Jair Bolsonaro joias sauditas caso das joias

Temas

Corrupção Justiça Notícia

LEIA MAIS

economia

Governo pede ao Senado aprovação de projeto que acelera processos de falência

dinheiro público

PF mira desvio de emenda parlamentar que iria para hospital no RS

pauta legislativa

Da economia à segurança pública: saiba o que o governo quer aprovar em 2025

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

Judiciário

Fux vota contra cautelares impostas por Moraes e Bolsonaro

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES