Deputado vai explicar consulta popular sobre impeachment de Dilma
Congresso em Foco
12/3/2015 | Atualizado às 1:22
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Paulinho da Força" src="https://static.congressoemfoco.uol.com.br/2015/03/Paulinho-da-Força.jpg" alt="" width="360" height="270" />Lúcio Bernardo Jr./Câmara dos DeputadosA liderança do Solidariedade na Câmara divulgou nota nesta quarta-feira (11) por meio da qual anuncia que o presidente nacional da legenda, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), explicará como serão os "procedimentos" da consulta popular sobre a hipótese de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Aliado do ex-presidente Lula até 2003, quando a Força Sindical, comandada pelo deputado, rompeu com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), "Paulinho da Força" já havia dito ao jornal Folha de S.Paulo, em setembro de 2013, que Dilma passou a ser sua "inimiga dois dias depois que foi eleita".
Segundo o Solidariedade, Paulinho da Força dará coletiva de imprensa hoje (quinta, 12), a partir das 15h30, para explicar como será feita a consulta popular. A entrevista será concedida no gabinete da liderança da sigla na Câmara.
"Ela [Dilma] vive hoje da fama que o Lula tinha nessa área [sindical]. Você pode ver. O discurso dela é: 'Porque o Lula fez, o Lula fez'. Pergunte o que ela fez? Ela não fez coisa nenhuma. Para os trabalhadores, não", disse o deputado à Folha, anunciando apoio ao então pré-candidato à Presidência da República do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
O anúncio do deputado é feito em um momento de diversos registros de protesto contra presidenta Dilma, intensificados após o "panelaço" que marcou seu mais recente pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, no último domingo (8). Dois dias depois, Dilma foi vaiada durante visita à 21ª Edição do Salão Internacional da Construção, em São Paulo.
Petistas e parlamentares fiéis à gestão petista reagem classificando como golpe a tentativa da oposição em desestabilizar o governo Dilma - e, apostando em uma conjunção de fatores, como um eventual desdobramento nas investigações da Operação Lava Jato, provocar um pedido de impeachment. Algo que, ao menos por ora, segundo o decano da Câmara, Miro Teixeira (Pros-RJ), tem chance "zero" de acontecer.
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