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Disputa na Câmara
Congresso em Foco
7/12/2021 | Atualizado às 17:30
Mirocles, da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, quer definição de fonte de recursos da parte do governo. Foto: CMB
Daniel Menezes, do Cofen: Brasil tem dívida histórica com a categoria. Foto: Coren-RS
Para o representante do Conselho Federal da Enfermagem (Cofen), Daniel Menezes de Souza, cabe ao Congresso e ao governo federal encontrar uma forma de financiamento para que o país possa fazer uma reparação histórica para a categoria.
“Os recursos financeiros existem. Precisam trabalhar a forma de eles serem distribuídos. Dependemos do Executivo e do Legislativo. Já ocorreu situação semelhante com o piso dos professores e isso foi equalizado”, afirmou Daniel, que representa o Cofen no Fórum Nacional da Enfermagem. “A categoria não pode continuar a ser explorada e não ter a oportunidade de oferecer uma vida digna às suas famílias”, acrescentou.
Precisamos buscar uma solução, defende Carmen Zanotto. Foto: Agência Câmara
“Precisamos do governo para fazer frente a isso. Vai ter de reajustar os repasses para os hospitais filantrópicos? Precisamos que isso aconteça. Não podemos deixar de discutir. Além disso, o momento é oportuno, porque estamos definindo o orçamento para o próximo ano”, defendeu Carmen, que também é enfermeira. “Por mais complexa que seja a matéria, a gente tem de buscar o caminho da aprovação”, reforçou a deputada, presidente da Frente Parlamentar da Saúde.
Daniel Menezes, do Cofen, chama a atenção para a disparidade salarial da categoria entre as regiões do país. “No Sul, por exemplo, a média do salário de um enfermeiro é de R$ 4.000. No Norte e no Nordeste, é de dois salários mínimos (pouco mais de R$ 2.000) para o enfermeiro e de um salário mínimo para o técnico em enfermagem”, exemplificou. Nessas regiões, enfermeiros, que são profissionais de nível superior, costumam ganhar menos do que agentes comunitários, dos quais é exigido somente o ensino médio.
Em todo o Brasil há 1.824 Santas Casas e hospitais filantrópicos. Segundo o presidente da entidade que representa essas instituições, o pagamento do piso proposto no projeto enviado pelo Senado vai elevar em até 80% a folha de pagamento da enfermagem nessas instituições. “Achamos justo a classe buscar melhoria salarial. Nós nos posicionamos contra o projeto, não contra os enfermeiros, que precisam ser valorizados. O problema é o momento e a fonte de recursos”, ressaltou Mirocles, que participará da audiência desta quarta na Câmara.
A reportagem procurou o Ministério da Saúde para comentar sua posição em relação ao projeto. A pasta informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comenta propostas em tramitação no Congresso. O ministério, no entanto, terá de enviar um representante para o debate na Câmara.
Como mostrou o Congresso em Foco no domingo (5), o presidente Arthur Lira determinou que o projeto aprovado pelo Senado seja analisado por comissões antes de ser apreciado pelo plenário. Deputados que defendem o piso nacional para a categoria já apresentaram requerimento de urgência, mas o pedido tem de ser votado pelo plenário, o que depende da vontade de Lira.
Em meio à pressão de hospitais e prefeitos, Lira trava piso da enfermagem
Artes: Vinicius SouzaTags
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