O ex-presidente Lula deixou o aeroporto de Congonhas, após três horas de depoimento, e chegou ao diretório do Partido dos Trabalhadores, no centro de São Paulo. A direção do PT organiza vigília em todos os estados e planeja um grande ato de apoio ao ex-presidente, às 18h, na capital paulista.
A executiva nacional do partido se reuniu em caráter extraordinário para decidir o que fazer diante da condução coercitiva de Lula e da nova fase da Operação Lava Jato, batizada de Aletheia, da qual o petista é o principal alvo.
"Nesse momento grave, em que se monta uma operação política, um espetáculo midiático em torno do presidente Lula e sua família, conclamamos todos os diretórios em todos os estados a entrarem em vigília e aguardar os desdobramentos do depoimento do presidente", disse o presidente da sigla,
Rui Falcão, em vídeo divulgada na página do partido na internet. Segundo ele, a nova fase da Lava Jato é "
política, midiática e policialesca".
Em entrevista coletiva dada nesta sexta-feira (4), em Curitiba, o procurador da força tarefa da Lava Jato Carlos Fernando Santos Lima afirmou que "há
indícios significativos de que Lula recebeu vantagens de empreiteiras investigadas pela operação".
De acordo com o Ministério Público, o ex-presidente era investigado por ocultação de patrimônio, referente ao sítio em Atibaia e ao apartamento triplex no Guarujá, mas, agora, também é suspeito de lavagem de dinheiro e corrupção. Os repasses a Lula investigados pela Lava Jato somam R$ 30 milhões. O
Instituto Lula repudiou as suspeitas.
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