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A política perdeu - Manipulação e alienação no processo eleitoral

Congresso em Foco

6/10/2016 8:00

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Era raro uma campanha eleitoral em que não me perguntassem: quando o senhor entrou na política? Sempre respondi: entrei na política no dia em que nasci. Em seguida, emendava: "Eu não sabia, mas quando completei um ano de idade e não tinha morrido, o prefeito contou que a mortalidade infantil do município tinha diminuído, ou não tinha aumentado. Se diminuía, mesmo que ele não tivesse feito nada, contava vantagem". "Portanto, quando nascemos, mesmo sem saber, entramos na política e entramos como um objeto político. Só passei a ser um sujeito quando ganhei consciência da política e de sua importância na vida de uma pessoa." Durante a campanha eleitoral de primeiro turno, que há pouco terminou, mesmo acompanhando à distância, observei que muitos candidatos e candidatas, apesar de concorrer a um cargo político, negavam os partidos e a política. Sábado, véspera da eleição, numa rua aqui de Curitiba, uns imbecis, idiotas ou ignorantes, não sei em qual classificação colocá-los, chegaram entregando panfletos e dizendo: "Não é político". Será que o cidadão ou a cidadã não sabe que o simples ato de distribuir um (papel) panfleto, seja ele do que for, de publicidade de uma loja, igreja, ONG, etc, é um ato político? Se não sabe, encaixa-se perfeitamente em um dos adjetivos acima, ou é no mínimo um objeto político de algum órgão, entidade, partido, instituição ou empresa.
Reprodução
Há muita confusão entre vitória ou derrota política com vitória ou derrota eleitoral. Nas eleições do último dia 2 de outubro, pode-se dizer com todas as letras que o grande derrotado eleitoral foi o PT. No entanto, é difícil, pela babel de letrinhas partidárias, dizer qual é o partido vitorioso, até porque parte dos eleitos pertencia, até meses anteriores, a um partido diferente daquele pelo qual concorreu. E daqui a um ano alguns talvez nem estejam mais no mesmo partido. No Brasil, a maioria dos partidos é instrumento para os seus dirigentes negociarem favores, na maioria das vezes, pessoais. Para a maioria da população, nada significam. Dessas eleições, pela história dos partidos e pela conjuntura que vivemos, dá para tirar outra certeza: o PT sofreu também uma grande derrota política, mas não foi só ele. A maior derrotada foi a política. Não vou mostrar em números, até porque qualquer um pode conferir no site do TSE, mas registro: o número de abstenções, brancos e nulos no município de São Paulo superou a votação de João Doria, prefeito eleito no primeiro turno. É a evidencia da derrota da política. Outras evidências: em todo o país, os votos brancos e nulos aumentaram 23% em relação ao primeiro turno de 2012; e, além de São Paulo, em outras oito capitais o número de votos brancos, nulos e de eleitores que não compareceram foi maior do que do candidato que ficou em primeiro lugar. De uma maneira geral, a grande imprensa trabalha e manipula os números. Coloca gráficos de número de vereadores e vereadoras, prefeitas e prefeitos eleitos por esse ou aquele partido. Compara com eleições anteriores e faz uma grande festa: o PT foi o grande derrotado. Faz tudo isso, mas não busca interpretar a política e o papel que cumpriram e onde se pode chegar. Preferem construir e, posteriormente, manipular o objeto a construir o sujeito político. A derrota da política nessas eleições é o resultado do que a mídia, principalmente a Rede Globo, construiu. Tendo a Operação Lava Jato, principalmente Sergio Moro, como instrumento e operador, a mídia fez da maioria das pessoas um objeto político. A conclusão é que essa derrota da política é fruto da estratégia dos que construíram o golpe. Os golpes de Estado se constroem e se concretizam pela força bruta da repressão, ou pela imbecilização do povo. Assim como a Itália após a Operação Mãos Limpas, o Brasil caminha em busca do seu Berlusconi, fascista e aventureiro, corrupto e destruidor da República, tudo isso com o aval do poder Judiciário e a bênção da mídia. Mais sobre Eleições 2016 Mais sobre crise brasileira
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