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Congresso em Foco
19/10/2016 | Atualizado 20/10/2016 às 10:48

O protagonismo de Eduardo Cunha no desencadeamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff não foi esquecido pelos aliados da petista. "Ele é peça central no desfecho do processo brasileiro que se encontra hoje. Ele acompanhou, participou e tem posição ativa na construção do governo Temer. A expectativa que temos é que ele diga sua participação nos fatos que levaram ao impeachment", afirmou o líder do PCdoB, Daniel Almeida (PCdoB-BA).
"Quero aproveitar essa oportunidade para dizer que hoje é o começo do fim do governo Michel Temer. O homem que tomava os melhores vinhos do mundo, que visitava os melhores hotéis, que ia nos melhores restaurantes do mundo. Esse rapaz, esse cidadão, esse senhor vai aguentar uma prisão em Curitiba e por outro lado ficar preocupado com eventual prisão da esposa dele? É evidente que ele vai fazer delação premiada", avaliou Silvio Costa (PTdoB-PE).
Retorno do Japão
Coincidentemente ou não, o presidente Michel Temer, que está em viagem ao Japão, antecipou seu retorno ao Brasil. O peemedebista já embarcou de volta e deve chegar a Brasília na manhã desta quinta-feira (20).
"É evidente que neste momento o telefone do Planalto está tocando ligando para as farmácias para pedir calmante. É evidente que Cunha tem um dossiê pesado. É evidente que ele conhece o modus operandi do PMDB", acrescentou o deputado. "Esse chantagista derrubou a presidente Dilma. Mas a verdade no final sempre vence", finalizou Silvio Costa.
"O Cunha sabe muito, sabe tudo. Ele mereceu cafuné seja do antigo governo do PT, quanto da antiga oposição, atualmente no governo. Ele é do PMDB, foi cortejado pelo PT, pelo PMDB, pelo PSDB, pelo DEM, por todas as grandes forças partidárias desse país, sabe muito, e pode e deve revelar à Justiça", disse Chico Alencar (Psol-RJ). O Psol, juntamente com a Rede, foi responsável pela representação no Conselho de Ética que resultou na cassação do mandato do deputado.
"Por que que a gente acredita que ele vá colaborar? Primeiro que a pessoa privada da liberdade, fica menos arrogante, menos cínica, às vezes até menos mentirosa. Ele, claro, prenuncia uma condenação pesada e pode querer diminuí-la diante da delação, mas ela tem que ser integral, e isso tá botando muita gente daqui, do Executivo, do antigo governo, do atual, de cenho franzido, preocupação com a desocupação laboral que Cunha vai viver agora na cadeia", acrescentou Chico.
Questionado sobre a cassação de seu correligionário, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse, ao deixar o plenário da Casa na tarde desta quarta-feira que "não estava sabendo". Questionado pelos jornalistas, o senador permaneceu em silêncio.
A ÍNTEGRA DO DESPACHO DE MORO PARA PRISÃO DE CUNHA
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