PF encontra R$ 23,6 milhões em contas de suspeito de intermediar propinas para Temer
Congresso em Foco
5/6/2018 9:21
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Reprodução" title="O ex-coronel João Baptista Lima Filho é apontado como captador de propinas para o emedebista. Em áudio, o amigo de Temer questiona se "tem alguma previsão pra mais alguma coisa, ou não". Para a PF, ele buscava saber se haveria novos repasses de propina
O ex-coronel João Baptista Lima Filho é apontado como captador de propinas para o emedebista. Em áudio, o amigo de Temer questiona se "tem alguma previsão pra mais alguma coisa, ou não". Para a PF, ele buscava saber se haveria novos repasses de propinaReprodução
Reportagem da Folha de S.Paulo revela que a Polícia Federal encontrou planilhas e extratos bancários que apontam cerca de R$ R$ 20,6 milhões em contas de empresas do coronel aposentado João Baptista Lima Filho, amigo do presidente Michel Temer. Outros R$ 3,04 milhões estão em uma conta do próprio coronel. Ele é suspeito de intermediar o repasse de propinas ao presidente.
De acordo com os documentos, o dinheiro está em contas correntes e investimentos em nome do coronel (pessoa física), da PDA Projeto e Direção Arquitetônica LTDA e da PDA Administração e Participação LTDA.
Segundo a Folha, não há qualquer menção nos papéis sobre a Argeplan, empresa mais conhecida de Lima, dona de diversos contratos milionários com o setor público ao longo dos últimos anos.
Um contador do coronel, Almir Martins, disse só se recordar do faturamento líquido da Argeplan, que seria em torno de R$ 100 mil a R$ 200 mil anuais. Afirmou ainda que o patrimônio atualizado da empresa é de R$ 5 milhões.
Uma das planilhas, com data de abril de 2017, registra o valor de R$ 20,6 milhões em contas da PDA Administração e Participação no Bradesco.A PF tenta investigar qual é a origem de todo dinheiro identificado e se seria possível esse valor ter sido arrecadado por meio de serviços lícitos.
Os documentos integram o inquérito que apura se houve pagamento de propina em um decreto do setor portuário, editado pelo governo Temer em maio de 2017.
A principal linha de apuração é de que o presidente lavou dinheiro de propina e em transações imobiliárias em obras em casas de familiares. O presidente e o coronel negam as suspeitas.