Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Acordo de R$ 1,7 bi entre Maceió e Braskem inclui quitação ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Desastre em Maceió

Acordo de R$ 1,7 bi entre Maceió e Braskem inclui quitação "irrevogável" por afundamentos

Acordo entre a prefeitura de Maceió e a Braskem foi fechado em julho de 2023; quase cinco meses depois, a capital volta a estado de emergência

Congresso em Foco

5/12/2023 19:21

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

A cidade de Maceió vive mais uma situação de emergência por causa de uma mina da Braskem

Foto: Reprodução/Instagram

A cidade de Maceió vive mais uma situação de emergência por causa de uma mina da Braskem Foto: Reprodução/Instagram
Em julho de 2023, a prefeitura de Maceió, sob o comando de João Henrique Caldas (PL), assinou um acordo de R$ 1,7 bilhão com a Braskem pelo afundamento de bairros da capital. O acordo indica a quitação da mineradora de forma "geral, integral, irrevogável e irretratável" pelos afundamentos causados pela extração de sal-gema.
Segundo o documento, a quitação é por "quaisquer danos" causados pela atividade mineradora. Em outro trecho, o acordo indica ainda que a reparação inclui custos presentes e futuros para a reparação pelo crime ambiental. Apesar da menção a custos futuros, há uma cláusula que indica a possibilidade de se discutir novamente os impactos em Maceió. A discussão seria "de boa-fé", segundo o acordo, e "exclusivamente no caso de aumento significativo" do mapa de impacto. Não é indicado qual seria considerado um aumento significativo. Segundo a prefeitura de Maceió, o acordo de R$ 1,7 bilhão "limitou-se, exclusivamente, à área situada no território de Maceió, não impedindo, por óbvio, que o estado de Alagoas ou mesmo outros municípios, que se sintam prejudicados pela tragédia, busquem seus direitos na Justiça". Ao Congresso em Foco, o gabinete da prefeitura de Maceió afirmou que o acordo firmado em julho de 2023 não impede que novos valores sejam negociados com a Braskem para reparar novos danos, como os registrados agora na capital alagoana. Leia a nota ao fim desta reportagem. A Braskem também foi questionada sobre esse tema do acordo com a prefeitura da capital alagoana, mas não retornou o Congresso em Foco até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto. A situação em Maceió se agravou nos últimos dias, com risco iminente de colapso de uma mina da Braskem no bairro do Mutange. Segundo a atualização da Defesa Civil até às 9h desta segunda-feira (4), a mina já afundou 1,77 metro nos últimos dias. No domingo (3), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Alagoas afirmou que o prefeito João Henrique Caldas só pediu informações sobre o impacto ambiental dos afundamentos ao órgão agora "com três anos de atraso", em relação ao acordo fechado com a Braskem.
  • Renan Calheiros diz que vai ao STF por CPI para investigar desastre da Braskem em Maceió;
  • Braskem é principal culpada por desastre em Maceió, afirma presidente em exercício do Senado.
Afundamentos em Maceió Em 2019, o Serviço Geológico do Brasil concluiu que a mineração de sal-gema feita pela Braskem comprometeu a estabilidade do subsolo em parte da capital alagoana. Cerca de 200 mil pessoas foram afetadas. O caso foi parar na Justiça. A Justiça de Alagoas condenou a Braskem a pagar uma indenização para o governo do estado por conta dos danos ambientais causados pela empresa em Maceió. A decisão é assinada pelo juiz José Cavalcanti Manso Neto, da 16ª Vara Cível de Maceió, e refere-se à ação mineradora da empresa na capital alagoana. O dano atingiu especialmente o bairro de Pinheiro.
  • Leia aqui a íntegra da decisão
O bairro de Pinheiro fica localizado acima de uma região rica em sal-gema, minério continuamente extraído pela Braskem há cerca de 40 anos. Em 2018, a lacuna subterrânea deixada pelas escavações desestabilizou o solo logo acima. Com isso, ruas e residências sofreram tremores, rachaduras e afundamentos. Em nota, a Braskem afirmou que das 35 cavidades abertas em Maceió, cinco já foram preenchidas com areia, seguindo recomendações geológicas. Outras cinco foram preenchidas naturalmente pela natureza e uma está pressurizada e não precisaria mais ser preenchida. As atividades para o preenchimento de 18 lacunas no solo precisou ser interrompido por causa da movimentação atual. "Todo o trabalho segue prazos pactuados no âmbito do plano de fechamento, que é regularmente reavaliado com a ANM [Agência Nacional de Mineração]", diz nota da mineradora. "A Braskem continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, localizada no bairro do Mutange". Leia a íntegra da nota da prefeitura de Maceió sobre o tema: "A indenização celebrada judicialmente pelo município com a Braskem é resultado de um processo movido pela prefeitura contra a mineradora. Uma punição à empresa, compensando os prejuízos que a cidade sofreu, exclusivamente, com a perda de receita tributária e de diversos bens públicos que se situavam na região dos bairros atingidos nos afundamentos ocorridos entre 2019 e 2022. "O município estimou os danos financeiros que sofreu e após dois anos de negociação, chegou ao valor de R$ 1,7 bilhão, pactuado com a Braskem. Todos os termos foram acompanhados pelo observatório do CNJ, bem como submetidos a auditoria do TCU, cujo corpo técnico não encontrou nenhuma ilegalidade. O documento foi apresentado ainda ao Ministério Público Federal e à Justiça Federal de Alagoas, que se manifestaram pela sua regularidade, nos autos do processo nº 0808806-65.2023.4.05.8000. Vale salientar que o texto é específico e limita a indenização aos acontecimentos identificados até a divulgação do mapa de linhas e ações prioritárias versão 4. Qualquer outro fato novo, que provoque o aumento da área, poderá levar a mais compensações financeiras. "A indenização para as vítimas, os danos sociais, os danos ambientais e os danos morais são discutidos em ações civis públicas, ajuizadas pela força tarefa comandada pelo Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Defensoria Pública da União. São processos de indivíduos ou coletivos frente à mineradora, sem a interferência direta da prefeitura, afinal esse tipo de mediação ou representação não cabe ao poder executivo. "A indenização é uma penalidade que a Braskem está sendo obrigada a pagar. Pedir que a cidade não receba estes valores é punir duas vezes a população de Maceió, já que os recursos serão utilizados em relevantes políticas públicas, a exemplo da aquisição do Hospital da Cidade, o primeiro hospital público municipal da história da capital alagoana."
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Meio Ambiente Maceió mineração Acordo braskem João Henrique Caldas sal-gema Justiça de Alagoas

Temas

Meio Ambiente País Congresso

LEIA MAIS

economia

Governo pede ao Senado aprovação de projeto que acelera processos de falência

dinheiro público

PF mira desvio de emenda parlamentar que iria para hospital no RS

Meio Ambiente

Câmara aprova criação do Dia Nacional da Ação Climática

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

Judiciário

Fux vota contra cautelares impostas por Moraes e Bolsonaro

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES