Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Parlamentares criticam discurso machista de deputado do Novo

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Parlamentares criticam discurso machista de deputado do Novo

Congresso em Foco

29/4/2021 | Atualizado às 17:22

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (29) urgência para apreciação do PL 1558/2021, que prevê multa para empresas que pagarem salários diferentes para homens e mulheres na mesma função. Durante a discussão pela inclusão do projeto na pauta, o deputado Gilson Marques (Novo-SC), vice-líder da bancada do Novo na Câmara, foi o único a orientar de forma negativa. Entre os argumentos, o deputado citou diferenças biológicas de gênero, já superadas pela sociedade. Marques afirmou que homens e mulheres são diferentes por natureza. "As mulheres sofrem mais como vítimas de estupro, homens com crimes de outras natureza; homens têm mais habilidade de força, são maiores na média de estatura; as mulheres são mais cautelosas, os homens correm mais riscos", disse. O deputado continuou: "Infelizmente, os empreendedores pagam conforme o resultado, e não conforme o sexo ou a cor. Essa é uma realidade dura que precisamos encarar. Não fosse assim, os empreendedores só contratariam homens, e isso não é verdade porque os empreendedores querem sempre economizar, obviamente. Mas eles contratam, sim, mulheres porque muitas vezes elas são competentes, são merecedoras e têm habilidade diferentes", apontou. As declarações do parlamentar causaram repúdio das mulheres da Casa. A deputada Lídice da Mata (PSB -BA) lembrou que a licença maternidade também causou polêmicas na época da sua implementação, mas que agora é um direito consolidado. "São mitologias criadas pelo machismo no nosso país que nós queremos superar. O Congresso Nacional e a Câmara dos Deputados cumprem esse papel de superar mais esta dificuldade, esta inconstitucionalidade da prática no meio do trabalho em nosso país". A deputada Celina Leão (PP-DF) disse que a igualdade salarial é uma busca incansável das mulheres e já está prevista nas Leis Trabalhistas (CLT). "O que essa Casa e o Senado dizem é que deve ter uma sanção. A diferença salarial para cumprir a mesma função deve acabar". A parlamentar esclareceu ainda que a multa prevista no projeto não é de cinco vezes o valor do salário, mas até cinco vezes para empresas flagradas descumprindo a regra. "O projeto tem um teto. Então o juiz pode arbitrar um, dois, três, quatro, cinco. Faço um esclarecimento aqui para que não passe a visão de um projeto que iria quebrar o sistema financeiro, prejudicar os empresários. A fala ainda é muito machista de que a mulher pode. Não, a mulher é. Nós somos iguais, às vezes com forças diferentes, mas temos as mesmas competências que os homens", defendeu. Pelas redes sociais, Fernanda Melchionna (Psol-RS) comentou sobre o tema:

Aprovamos a urgência para o PL 1558, que regulamenta o que ja está na CLT: desigualdade salarial para mesma função é crime. Mas ainda temos ouvir argumentos machistas de quem é a favor de retrocessos na luta por igualdade. Não admitiremos argumentos machistas em nenhum lugar! pic.twitter.com/4AzYmluA0a

- Fernanda Melchionna (@fernandapsol) April 29, 2021
O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que presidiu a sessão também manifestou-se contrario à narrativa de Marques, mas a favor da democracia. "Eu sou tão contrário ao que ele diz, quanto sou contrário a não permitir a sua fala". Nenhum outro partido além do Novo foi contra a proposta de equidade de gênero no trabalho. Imbróglio A bancada feminina no Senado considerou uma "artimanha" do governo Bolsonaro a articulação para frear a sanção do PL 130/2011, que prevê multa a empresas que pagarem salários diferentes a homens e mulheres que desempenhem a mesma função. A proposta tramitava há dez anos no Congresso e, em 30 março, foi aprovado no Senado por unanimidade e enviado para sanção. No entanto, Bolsonaro sinalizou que poderia vetar o projeto e disse que levaria em consideração os comentários feitos no YouTube e em uma enquete de um jornalista apoiador para decidir se veta ou sanciona a Lei. A "solução" adotada pelo governo foi a negociação de um requerimento para o retorno da proposta à Câmara dos Deputados (PL 1558/2021). O pedido foi feito pelo primeiro-secretário do Senado, senador Irajá (PSD-TO). No ofício (íntegra), o parlamentar afirmou que a medida foi adotada após pedido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e com o argumento de que a versão aprovada pelos senadores alterou o mérito da aprovada pelos deputados e, portanto, deveria retornar à Câmara. Thaís Rodrigues é repórter do Programa de Diversidade nas Redações realizado pela Énois - Laboratório de Jornalismo, com o apoio do Google News Initiative. > Senadoras cobram solução "imediata" para PL sobre igualdade salarial
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

câmara dos deputados Lídice da Mata Jair Bolsonaro trabalho machismo arthur lira novo Irajá Gilson Machado equidade de gênero paridade de genero PL 1558/2021 PL 130/2011 Celina Leão (PP-DF)

Temas

Congresso

LEIA MAIS

economia

Governo pede ao Senado aprovação de projeto que acelera processos de falência

dinheiro público

PF mira desvio de emenda parlamentar que iria para hospital no RS

pauta legislativa

Da economia à segurança pública: saiba o que o governo quer aprovar em 2025

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

Judiciário

Fux vota contra cautelares impostas por Moraes e Bolsonaro

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES