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André Sathler
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Farol
4/3/2022 | Atualizado às 11:47
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A ideia em um segundo O MDB continua sendo o maior partido no Senado Federal. Contudo, ele o PP terão o maior número de senadores deixando o mandato ao final da legislatura. Se quiserem manter suas bancadas precisarão de um grande sucesso eleitoral. Na mão contrária encontram-se o PSD e o PT que veem menos filiados perdendo mandatos no Senado em janeiro de 2023. Quanto aos governadores, nove não podem concorrer à reeleição, enquanto 18 estão habilitados. Como regra geral, governadores que concorrem à reeleição conseguem controlar melhor o cenário político em seus estados, o que dá mais previsibilidade às eleições para o governo e para o Senado. Por fim, daqueles governadores que não podem concorrer novamente, sete são do Nordeste, o que aumenta a importância do ex-presidente Lula em outubro, pois é o maior cabo eleitoral junto ao povo nordestino. |
As próximas eleições poderão vir a mudar fortemente a correlação de forças entre os partidos no Senado (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)
A tabela a seguir mostra os desafios de cada partido para manterem suas bancadas em 2023. Embora a maior, o MDB verá seis dos seus 16 senadores terminando o mandato nesta legislatura. Trata-se de uma perda de 37,5%. Neste quesito, entre os partidos com mais de cinco cadeiras, a pior situação é do PP, que verá três de seus sete representantes terminarem mandatos, uma perda de 42,9%.
Na mão contrária, vale destacar a situação mais confortável de PT e PSD. O primeiro vê o término de mandato de dois senadores num total de 7, 28,6%, e o PSD três em 11, 27,3%. Se o presidente Lula mantiver seu favoritismo, pode-se contar que seu partido e aliados, como o próprio PSD – que vem recebendo abordagens importantes dos petistas – podem beneficiar-se com um aumento de bancadas.
| 1º | 2º | Total | 2º/Total | |
| MDB | 10 | 6 | 16 | 37,5% |
| PSD | 8 | 3 | 11 | 27,3% |
| PODEMOS | 6 | 3 | 9 | 33,3% |
| PP | 4 | 3 | 7 | 42,9% |
| PT | 5 | 2 | 7 | 28,6% |
| PL | 4 | 2 | 6 | 33,3% |
| PSDB | 4 | 2 | 6 | 33,3% |
| DEM | 2 | 2 | 4 | 50,0% |
| CIDADANIA | 3 | 0 | 3 | 0,0% |
| PDT | 2 | 1 | 3 | 33,3% |
| PROS | 1 | 2 | 3 | 66,7% |
| PSL | 2 | 0 | 2 | 0,0% |
| PSC | 1 | 0 | 1 | 0,0% |
| REDE | 1 | 0 | 1 | 0,0% |
| REPUBLICANOS | 1 | 0 | 1 | 0,0% |
O MDB já teve caciques mais poderosos. Mas alguns, como Renan Calheiros, ainda dão força ao partido (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
As informações anteriores nos ajudam a entender o grande quadro de forças do Senado Federal, contudo, a eleição se faz ao nível do estado. Aqui, trazemos uma primeira informação importante para a configuração das chapas, a possibilidade de o governador em exercício disputar a eleição.
O fato do governador poder disputar a eleição dá uma certa estabilidade à sua própria chapa, a ser composta por candidatos a governador, vice-governador e senador. O fato de o governador em exercício disputar a reeleição permite em primeiro lugar resolver desde logo quem será o candidato ao cargo mais importante e dá condições a ele de gerenciar com mais recursos a montagem dos apoios e a indicação dos demais concorrentes.
Quanto à oposição, a possibilidade de o governador concorrer novamente ao cargo permite uma leitura mais clara do cenário. Se o governador segue bem avaliado, disputar contra ele torna-se uma tarefa ingrata e o cargo de senador pode mostrar-se mais atrativo, por estar em aberto. Já um governador mal avaliado ou que não concorre à reeleição, mesmo que indique alguém de seu grupo para fazê-lo, torna menos difícil a vida da oposição. O peso do incumbente, como se vê em eleições no Brasil e mundo afora, é sempre significativo.
| UF | SENADOR QUE DEIXA O CARGO | PARTIDO | Governador/Pode Reeleição |
| AC | Mailza Gomes | PP | SIM |
| AL | Fernando Collor | PROS | NÃO |
| AM | Omar Aziz | PSD | SIM |
| AP | Davi Alcolumbre | DEM | NÃO |
| BA | Otto Alencar | PSD | NÃO |
| CE | NÃO | ||
| DF | Reguffe | PODEMOS | SIM |
| ES | Rose de Freitas | MDB | SIM |
| GO | Luiz do Carmo | MDB | SIM |
| MA | Roberto Rocha | PSDB | NÃO |
| MG | Alexandre Silveira | PSD | SIM |
| MS | Simone Tebet | MDB | NÃO |
| MT | Wellington Fagundes | PL | SIM |
| PA | Paulo Rocha | PT | SIM |
| PB | Nilda Gondim | MDB | SIM |
| PE | Fernando Bezerra Coelho | MDB | NÃO |
| PI | Elmano Férrer | PP | NÃO |
| PR | Alvaro Dias | PODEMOS | SIM |
| RJ | Romário | PL | SIM |
| RN | Jean Paul Prates | PT | SIM |
| RO | Acir Gurgacz | PDT | SIM |
| RR | Telmário Mota | PROS | SIM |
| RS | Lasier Martins | PODEMOS | SIM |
| SC | Dario Berger | MDB | SIM |
| SE | Maria do Carmo Alves | DEM | NÃO |
| SP | José Serra | PSDB | SIM |
| TO | Katia Abreu | PP | SIM |
| CHAPA QUENTE | GELADEIRA |
| Novas pesquisas voltaram a apontar para uma aproximação do presidente Jair Bolsonaro para o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera a corrida eleitoral. Há uma pequena melhora também nos níveis de avaliação do governo e crença na retomada da economia. Até que ponto esse crescimento percebido agora se sustentará no futuro e aproximará os dois candidatos que lideram, somente os próximos levantamentos poderão dizer. | Há, porém, situações que vão precisar ser observadas para que se verifique de fato uma melhora que se reverta em recuperação para Bolsonaro. O recrudescimento da guerra entre a Rússia e a Ucrânia já fez aumentar o preço dos combustíveis e deverá impactar na inflação como um todo. O que pode reverter a expectativa de melhora na economia. Os erros de Bolsonaro no seu posicionamento com relação ao conflito no Leste Europeu podem ajudar a impactar a crise econômica no Brasil, atrapalhando o ambiente de melhora que agora parece agir em seu favor. |
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