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Congresso em Foco
28/11/2008 | Atualizado às 17:44
O senador Jayme Campos (DEM-MT) é um dos acusados pelo Ministério Público Federal do Mato Grosso (MPF-MT) de envolvimento com o esquema de fraudes em licitações na compra de ambulâncias, que ficou conhecido como "máfia dos sanguessugas". O MPF-MT encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra o parlamentar por supostas irregularidades cometidas quando ele era prefeito de Várzea Grande (MT), em 2006. Como Jayme se elegeu senador e obteve direito a foro privilegiado, a denúncia foi encaminhada ao STF.
Segundo a assessoria de imprensa do MPF-MT, o então prefeito Jayme Campos teria participado das fraudes em licitações para a compra de ambulâncias com verba federal, que foi repassada ao município de Várzea Grande por meio de convênio com o Ministério da Saúde. Foram identificadas duas possíveis irregularidades nos convênios de número 1480/00 e 33780/01, que são investigados na Polícia Federal no inquérito 602 de 2004.
A assessoria também informa que, de 2006 para cá, 214 pessoas já foram indiciadas por envolvimento com a máfia das ambulâncias, mas que as investigações do órgão se concentraram apenas em municípios do estado, incluindo ex-prefeitos, ex-deputados e demais autoridades da administração pública estadual. "O número de envolvidos é bem maior", admitiu uma assessora, explicando que as informações sobre autoridades de outros estados suspeitas de envolvimento com o esquema de fraudes eram repassadas à instituição competente na origem.
A assessoria diz ainda que informações como o montante movimentado nos dois convênios e o destino dado aos recursos federais não poderiam ser repassadas à imprensa pelos procuradores, uma vez que o processo corre sob segredo de Justiça no MPF-MT. Os crimes em licitações na área da saúde estão no alvo do Ministério desde 2001, quando foram iniciadas as primeiras apurações sobre indícios de irregularidade.
"Incomunicável
A reportagem do Congresso em Foco tentou contato com o senador Jayme Campos, mas ele não respondeu às ligações. Sua assessoria de imprensa explicou que ele está em viagem a um lugar de difícil acesso, no interior de Mato Grosso, por isso está "meio incomunicável". Contudo, a assessoria do parlamentar diz que ainda hoje (28) será divulgada uma nota à imprensa sobre o caso.
"A situação não requer muita atenção, muito cuidado, até porque o senador foi ouvido há três anos sobre este caso", explicou a assessoria, acrescentando que as licitações questionadas "foram feitas dentro de todos os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde", e que não houve fraudes nos processos.
O caso do senador Jayme Campos foi encaminhado à Procuradoria Geral da República (PGR) - que, após análise dos autos, decidiu pela procedência da acusação. Devidamente repassada ao Supremo, a denúncia do MPF-MT será relatada pela ministra Ellen Gracie. (Fábio Góis)
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