Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Opiniões de jurista geram controvérsia

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Opiniões de jurista geram controvérsia

Congresso em Foco

24/6/2009 7:41

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Eduardo Militão

O jurista Pedro Serrano e o terceiro secretário da Câmara, responsável pelo controle dos bilhetes aéreos, Odair Cunha (PT-MG), discordaram dos termos do parecer de Manoel Gonçalves, contratado para avaliar a legalidade do uso das passagens na Casa.

Mestre em Direito do Estado e professor de Fundamentos de Direito Público na PUC de São Paulo, Serrano diz que respeita o parecer do colega, mas não concorda com as premissas utilizadas por ele.

A primeira discordância é o embasamento nos hábitos reiterados dos parlamentares pelo uso dos bilhetes aéreos. "Estamos no Estado democrático de direito, de origem germano-romana, portanto de direito legalístico, e não de costumes. É o Estado da supremacia da lei", explica Serrano.

O professor da PUC-SP diz que os costumes têm um papel complementar à lei, e não podem ser contra a legislação. Serrano discorda da idéia de que as normas nada diziam sobre o uso de bilhetes aéreos pelos deputados e senadores. "Existem normas implícitas que proíbem o uso pessoal das passagens. A passagem tem que ser para uso funcional, não para realizar fim pessoal", diz o advogado.

Serrano se apoia no princípio da legalidade, previsto no artigo 37 da Constituição. "Não é uma questão de ética, é jurídica", afirma Serrano. O advogado diz que o direito público é diferente do direito privado. 

"No direito brasileiro, é o império da lei. Onde a lei não autoriza, é proibido", explica. "Não se admite o costume, e muito menos o costume contra a lei."

Opinião desconsiderada

Umas das perguntas da Câmara feitas a Gonçalves diz respeito a créditos acumulados antes da vigência das novas regras de passagens na Casa. A questão é se os deputados podem usar esses créditos agora, com a legislação nova.

Na resposta, Gonçalves diz que sim. "O saldo da verba pertence ao deputado. Tem ele assim a integral disposição sobre seu montante." O termo "integral disposição" significa que os parlamentares podem usar como quiser as cotas.

Mas o terceiro secretário, Odair Cunha, diz que essa prática não será adotada mais. Ou seja, esses recursos antigos deverão ser usados apenas para o exercício do mandato parlamentar e com a devida prestação de contas.

"O passado é outra coisa. Está resolvido esse assunto", afirmou Odair. "O futuro não tem isso. O crédito que ainda o deputado tiver tem que ser usado na regra atual. É o entendimento da Mesa", informou ele ao Congresso em Foco.

Leia aqui o resumo das atuais regras sobre passagens aéreas na Câmara e no Senado.

Leia também:

Veja os pareceres que custaram R$ 150 mil à Câmara 

Parecer ético das cotas contradiz parecer jurídico

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

farra das passagens

Temas

Reportagem Congresso

LEIA MAIS

economia

Governo pede ao Senado aprovação de projeto que acelera processos de falência

dinheiro público

PF mira desvio de emenda parlamentar que iria para hospital no RS

Meio Ambiente

Câmara aprova criação do Dia Nacional da Ação Climática

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

TESTE

Teste de matéria sem título longo

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES