Câmara dos Deputados
Deputada alega ser vítima de câmeras escondidas no próprio apartamento
"Uma invasão à minha privacidade e à privacidade do meu esposo, algo que nunca pensamos viver", lamenta a deputada Dayany Bittencout
Congresso em Foco
18/4/2024 18:08
A-A+
A deputada federal Dayany Bittencourt (União-CE) denunciou em suas redes sociais, na noite dessa quarta-feira (17), ter sido vítima de violação de privacidade. Segundo a parlamentar, foram descobertas câmeras escondidas no apartamento que ela alugava, em Brasília. A Polícia Civil do Distrito Federal investiga o caso.
A descoberta das câmeras escondidas aconteceu em 28 de agosto de 2023, conforme nota oficial da congressista.
"Uma invasão à minha privacidade e à privacidade do meu esposo, algo que nunca pensamos viver", lamenta Dayany. A deputada é casada com o ex-deputado federal e Secretário de Saúde em Maracanaú (CE), Capitão Wagner.
"Este ato não apenas infringiu os meus direitos fundamentais, garantidos por nossa Constituição, mas também impôs um peso emocional imensurável, resultando em traumas, sensação de vulnerabilidade constante e pânico", diz a deputada. "Minha tristeza não vem apenas pela invasão da minha privacidade, mas também da constatação de que ainda temos um longo caminho a percorrer".
A parlamentar acrescenta que já está tomando as medidas legais e cabíveis para identificar e responsabilizar na Justiça os criminosos. Ainda de acordo com ela, o inquérito corria em segredo de Justiça até a última semana para punir os responsáveis. "Infelizmente, não obtivemos essa resposta firme contra os criminosos", desabafa. Ao final da nota, Dayany reforça a luta para que outras pessoas também não sejam vítimas de violação de privacidade.
"Primeiramente dizer que não nos calaremos diante desse crime cometido contra nossa privacidade: imagens minhas e da minha mulher no banheiro, na cama. A quem interessa acobertar o criminoso? Qual o motivo do crime? Vamos cobrar as respostas e a punição aos envolvidos", escreveu Capitão Wagner, esposo da deputada, nas redes sociais.
As investigações estão sendo realizadas pela Polícia Civil do Distrito Federal. A reportagem entrou em contato com o órgão para apurar atualizações, mas não recebeu resposta. O espaço segue aberto.
