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Congresso em Foco
6/3/2013 | Atualizado às 7:59

Na semana passada, depois da primeira reportagem do Congresso em Foco sobre o assunto, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), prometeu um estudo sobre o pagamento de horas extras aos servidores. A assessoria da Casa diz que há uma discussão para reduzir despesas com as sessões noturnas. Inicialmente, esse levantamento seria divulgado na segunda-feira (4). No entanto, ainda não veio a público.
Às onze da noite
De acordo com o Ministério Público, funcionários com cargo comissionado têm horário livre, mas devem ficar à disposição do Congresso até concluírem o trabalho, em regime de “dedicação exclusiva”, sem direito a nada mais por isso. “A finalidade do serviço extraordinário [é] intrínseca à atividade por eles desempenhada”, afirmou a procuradora Eliana Pires Rocha, na recomendação enviada em 22 de maio do ano passado ao então presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS).
O procurador que hoje cuida do caso tem a mesma opinião da colega. “Como eles não estão sujeitos a controle de ponto, estão ali para dar assessoria aos deputados. A gente não exige deles horário para entrar e sair. Então, eles não podem receber hora extra”, disse Frederico Paiva ao site. “É um regime especial. É como um diretor de empresa. Têm de trabalhar das 7h da manhã às 11h da noite”, afirmou. Ele disse que a Controladoria Geral da União (CGU) orienta que os comissionados estejam fora do regime de horas extras.
Sem resposta à recomendação, a Procuradoria buscou informações no Congresso. “A Câmara informou que o documento teria sumido, que não teria sido localizado. É uma informação que um funcionário da Câmara passou”, explica Paiva. No mês passado, ele reiterou o pedido de providências da recomendação a Henrique Alves. Até terça-feira (5), não havia recebido resposta. A Câmara está com o novo pedido do procurador sob análise.
Trabalho no recesso
Na recomendação, o Ministério Público usa dados da própria Câmara para calcular que, no recesso parlamentar de 2009 para 2010, a Casa gastou R$ 511 mil em horas extras com 283 funcionários. Entretanto, 246 eram secretários parlamentares e CNEs, o que foi ilegal na opinião da Procuradoria da República no Distrito Federal.
O limite legal de horas extras também estava sendo descumprido. “Os registros constantes das respectivas folhas de ponto (...) anotam prestações de até 5 horas extraordinárias por dia, violando a regra da Lei n.° 8.112/90”, diz a recomendação à Câmara. Ao contrário, a assessoria da Casa afirmou que esse limite é respeitado.
Justiça
Caso a recomendação não seja adotada pelo Legislativo, o procurador Frederico Paiva disse ao Congresso em Foco que “não descarta” ir à Justiça para cobrar medidas, incluindo uma eventual devolução dos valores pagos indevidamente.
A Câmara rebate. Lembra que a recomendação tem caráter de “sugestão”. “Não tem natureza de ato normativo, de ordem judicial nem de medida de caráter vinculante”, informou.
Lei proíbe serviços gratuitos, diz Câmara
Quadros e gráficos com os gastos
Íntegra da recomendação da Procuradoria
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