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Congresso em Foco
4/9/2012 | Atualizado às 16:37

O relatório final do inquérito 17/09 aponta que a Câmara dos Deputados foi vítima do estelionato. O golpe da creche consistia numa série de fraudes à folha de pagamento da casa e funcionava basicamente com a apropriação de salários e benefícios, como o auxílio-creche e o vale-transporte, dos falsos funcionários. Basicamente, havia quatro modalidades: contratação de fantasmas; contratação involuntária de funcionários, normalmente pessoas carentes que pensavam receber um bolsa-família; recebimento a mais de auxílio-creche por servidores verdadeiros; e recebimento a mais de vale-transporte por reais funcionários. Detalhes aqui
Vários inquéritos foram abertos para apurar o caso e suas vertentes, mas o principal era exatamente o 17/09, que analisava a situação com maior amplitude.
Desmembramento no Supremo
O procurador da República Bruno Calabrich já havia enviado um desses inquéritos, o 1914/11, para o Supremo Tribunal Federal (STF) por entender que havia indícios da participação de Mabel, autoridade com direito a foro privilegiado. Nele, estavam indiciados apenas o ex-motorista do deputado Francisco José Feijão de Araújo, o Franzé, e o pasteleiro Severino Lourenço dos Santos Neto.
No inquérito 17/09, Calabrich tomou a mesma postura. Pediu o envio dos autos para o STF pelo suposto envolvimento de Mabel. Ele argumentou à Justiça Federal que o próprio Supremo decidisse se vai juntar o caso ao primeiro inquérito, que está na corte máxima brasileira desde março.
Calabrich também opinou que o STF deve decidir se o processo deve ser desmembrado. Nesse caso, só Mabel e talvez um ou outro personagem central do caso seriam julgados pelo Supremo; os demais indiciados continuariam sendo processados na Justiça Federal de primeira instância. Mabel ressaltou que só uma de suas assinaturas não foi considerada falsa e que, mesmo assim, vai pedir nova perícia. “O deputado Sandro Mabel, como sempre tem dito, reafirma sua confiança na verdade”, afirmou.
Pasteleiro e cantor sertanejo
A reportagem não localizou todos os indiciados pela Polícia Legislativa da Câmara, muitos dos quais já afastados da Casa. O pasteleiro Severino reafirmou na terça-feira (28) que apenas assinou papéis e forneceu cópias de seus documentos porque Franzé lhe prometia uma espécie de Bolsa-família para seus filhos.
Indiciado pela segunda vez, o pasteleiro afirma que foi enganado por “Franzé”, o então motorista de Mabel. Disse que nunca se apropriou da fraude. “Quando foram tomar meu depoimento, eles mesmos disseram que eu não tinha nada com isso”, contou Severino esta semana.
Franzé e sua esposa, Abigail Pereira, não foram localizados pelo site em seus telefones. Em outras oportunidades também não. Maria Solange Lima foi procurada por correio eletrônico e não prestou esclarecimentos até a conclusão desta reportagem.
Entre os indiciados está o cantor sertanejo Zenon Vaz, o Igor da dupla Igor e Breno. Ele era fantasma no gabinete de Veloso. Os demais servidores e ex-servidores não foram localizados:
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