[caption id="attachment_117449" align="alignleft" width="285" caption="Azeredo diz ser tão inocente quanto Lula no mensalão. Mas diz que não houve mensalão em Minas Gerais"]

[fotografo]Gustavo Lima/Ag. Câmara[/fotografo][/caption]Acusado de ser o "
maestro" do
mensalão mineiro, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) vai renunciar ao mandato nesta quarta-feira (19), segundo sua assessoria. A carta de renúncia será entregue esta tarde ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), por Renato Azeredo, filho do parlamentar. O teor da carta de renúncia ainda não foi revelado.
Sem o mandato, o processo contra Azeredo em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) deve voltar à Justiça mineira, retardando o seu julgamento. No começo do mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou aos ministros do Supremo que condenem Azeredo a 22 anos de prisão pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. Poucos tucanos saíram em defesa do deputado nas últimas semanas após a apresentação do parecer do procurador.
Para Janot, Eduardo Azeredo foi mentor intelectual do esquema de desvio de recursos públicos do governo de Minas Gerais para sua campanha à reeleição ao governo, em 1998. Chamado de mensalão mineiro ou mensalão tucano, o esquema também foi operado pelo empresário Marcos Valério Fernandes, o mesmo do mensalão do governo Lula.
Azeredo diz que não houve mensalão em Minas e que é tão inocente quanto o ex-presidente Lula na Ação Penal 470. Mas, para o procurador-geral da República, há evidências contra o tucano.
"Os fatos não teriam como ser praticados na forma em que provados se não tivessem a participação essencial e decisiva, como verdadeiro coordenador e maestro, ditando as linhas de condutas, de Eduardo Azeredo. Não se tratam de presunções, mas de compreensão dos fatos segundo a realidade das coisas e a prova dos autos", escreveu Janot, nas alegações finais.
Leia mais sobre o mensalão mineiro
Nosso jornalismo precisa da sua assinatura