PSDB quer explicações e auditoria sobre venda de ativos da Petrobras

O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), anunciou nesta segunda-feira (5) que vai pedir explicações ao ministro Edison Lobão (Minas e Energia) sobre a venda de poços de petróleo da Petrobras na África. O tucano informou que também vai solicitar ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma auditoria especial sobre o caso. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, em 2013, depois da troca de comando da Petrobras, o banco BTG Pactual pagou US$ 1,5 bilhão para ficar com metade das operações africanas da Petrobras e se tornar sócio da estatal. Segundo o jornal, os ativos foram avaliados em cerca de US$ 4,5 bilhões, quantia posteriormente reduzida para US$ 3,16 bilhões. Ainda segundo a reportagem, para o BTG Pactual, o negócio foi tão bom que, em menos de oito meses, começou a recuperar o capital investido e tirou de lá US$ 150 milhões em forma de dividendos. De acordo com o deputado, há informações de que dois bancos internacionais avaliaram, de forma conservadora, os ativos da Petrobras na África em um valor mínimo superior a US$ 7 bilhões. "Dois bancos de primeira linha errarem grosseiramente em suas avaliações é algo muito incomum. E vender os ativos a um valor 50% menos do que a avaliação mínima de US$ 3,16 bilhão é um forte indício de que Petrobras sofreu prejuízo", disse Imbassahy. "A venda dos blocos de exploração na África foi mais um péssimo negócio para a Petrobras, que provocou perda bilionária para a empresa brasileira, assim como a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Essas negociações precisam ser esclarecidas pela Petrobras e também pela presidenta Dilma Rousseff, que tem responsabilidade sobre essas operações. Ela presidiu o conselho de administração, aprovou Pasadena e acompanhou essas negociações na África", disse Imbassahy. De acordo com o líder tucano, a venda dos ativos na África também terá de ser  investigada pela CPI mista da Petrobras, que pode ser instalada no Congresso. Mais sobre Petrobras Nosso jornalismo precisa da sua assinatura