Governistas ajudaram a segurar indicação de Gim para o TCU
Congresso em Foco
9/4/2014 | Atualizado às 21:29
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Geraldo Magela/Ag. SenadoNove senadores de partidos da base governista se aliaram à oposição para impedir a manobra que pretendia acelerar a indicação do senador Gim Argello (PTB-DF) para o Tribunal de Contas da União (TCU). Por outro lado, dois oposicionistas endossaram o requerimento que permitia a votação imediata em plenário da indicação do senador petebista, alvo de seis inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). Gim tem o apoio do governo para substituir o ministro Valmir Campelo, que está se aposentando no TCU.
O Congresso em Foco teve acesso à lista de votação do pedido (veja a lista abaixo), rejeitado ontem (8) por 25 votos a 24. Houve ainda duas abstenções.
Cícero Lucena (PSDB-PB) e Maria do Carmo Alves (DEM-SE) foram os oposicionistas que votaram a favor da urgência para a indicação de Gim Argello.
Entre os senadores de partido da base aliada que votaram contra a orientação do governo, alguns se declaram independentes em relação ao Planalto, como Pedro Simon (PMDB-RS), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Taques (PDT-MT), Ana Amélia (PP-RS) e Cristovam Buarque (PDT-DF). Mas também votaram com a oposição os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Casildo Maldaner (PMDB-SC), Ataídes de Oliveira (Pros-TO) e Waldemir Moka (PMDB-MS).
Nesta quarta-feira (9), a oposição anunciou que apoiará a indicação do economista Fernando Moutinho, consultor de orçamento do Senado, para o cargo. Se o requerimento de urgência tivesse sido aprovado, Gim não precisaria passar por sabatina e poderia ter seu nome votado rapidamente pelo plenário.
Gim, que chegou ao Senado como suplente, é acusado por associações de servidores do TCU de não ter idoneidade moral e reputação ilibada, requisitos necessários para ocupantes de cargo de ministro. Mas, conforme a justificativa do projeto de decreto legislativo formulado por senadores para indicá-lo, o escolhido preenche, sim, os requisitos porque tem "notórios conhecimentos jurídicos e da administração pública" e "mais de 16 anos de efetiva vida pública" e exerceu cargos públicos com "competência e dedicação".
A favor da urgência