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Congresso em Foco
12/8/2014 | Atualizado 13/8/2014 às 7:48

Enfim, mesmo quem não ensaiou junto, pedalou até o fim no ritmo do mesmo enredo. “As bicicletas finalmente ocuparam o seu lugar na rua”, dizia Renata Florentino, não se contendo de emoção ao ver o Eixo Monumental fechado somente para elas, as magrelas. Nenhum carro tentando se esgueirar entre as intrépidas…
Enquanto a secretária celebrava, o inquieto presidente da Rodas da Paz, Jonas Bertucci, se coçava até não mais resistir e cair no pedal, ora na tande dupla levando na carona solidária o portador de deficiência, ora sozinho em uma bicicleta emprestada de um conformado batedor, que o presidente da ONG, no alto de sua autoridade legal, literalmente, botou para correr atrás do caminhão de som…
Eu, de valente, diferente, corri onde todos pedalavam, comendo a poeira de um cortejo interminável que girava macio na ensolarada e brilhante manhã de domingo. Quando o gás acabou, pedi um abraço gentil do ciclista que me rebocou na sua bike até o carro de som. E mais tarde, já ao fim do passeio, me saudou em sua simplicidade generosa: “e aí?”
Íamos, eu e o ciclista propulsor de corredoras cansadas e fora de forma, tentando quebrar o bloqueio do mar de bicicletas que nos separava do carro abre-alas. Sem gás nas pernas, mas a plenos pulmões, eu gritava: “Ooooohhhh….ooooohhhhh, abrindo caminho simulando o som de uma ambulância. Efeitos pífios que chegaram a termo alguns minutos e muitas pedaladas depois.
Histórias dentro da história que devem ser contadas agora na página da Rodas da Paz na internet. Por que não pedir aos gentis participantes que escrevam onde está o seu gesto gentil de gentileza, e a gente vai sentir que, de empurrãozinho na subida até a carona por inteiro, o passeio da Rodas da Paz foi grandiosamente pequeno no seu inédito percurso infantil; foi corajosamente organizado na suas artes tecnológicas de postagens instantâneas no Facebook, foi experimentalmente um laboratório de trocas culturais e gentis por meio do projeto Roda do Livro. Como diz Betânia, cada ser carrega em si o dom de ser feliz, porque capaz de fazer o melhor passeio da Rodas da Paz de todos os tempos, essa turminha já é! Valeu, Jonas, Renata, Beth Davison, Talita, Ana Júlia, Wesley, Maurício, Jackson, Philipp e mais um monte de gentes que fazem da gentileza um grande acontecimento nesta cidade!
Com um sorriso grande como um guarda-chuva, a doce voluntária Sabrina se posicionava em frente ao cofrinho do Rodas – uma bicicleta decorada com tecidos de motivos infantis – e seduzia:
- Bicicleta gera o quê? - perguntava, respondendo ela mesma: gentileza! E gentileza? Generosidade! (Bingo)
E assim a cestinha da bicicleta materializava o que a gente sentia no ar e nos olhares: como é especial estar aqui!
Bingo!
* Beth Veloso é jornalista e uma das fundadoras da ONG Rodas da Paz. Foi a primeira presidente da ONG.
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