Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. ????A vista ?de? 300 por hora

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

????A vista ?de? 300 por hora

Congresso em Foco

16/9/2015 | Atualizado às 12:24

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
?Cheguei de uma viagem a China. Antes de viajar pedi à embaixada ?chinesa no Uruguai que me arrumasse alguma leitura/informação sobre o país que em breve visitaria. Presentearam-me com três livros, um dos quais China, 2014. É um livro de dados básicos, generalidades da história, população e etnias, sistema político, economia, vida social, etc.No livro, há várias fotos e aquelas feitas por tomada aérea vêm especificando que a foto é "a vista de pájaro". Poético. Dizer e/ou escrever, "A vista de pájaro". Quanto a dizer que a foto foi feita a partir de uma tomada aérea, é algo meramente técnico. Não especificam a vista de que pássaro, a que velocidade e a que altura. Não o fazem até porque cada espécie de pássaro voa a uma velocidade diferente, e cada uma delas tem velocidade máxima. Cada espécie tem uma altura específica para voar e planar. O poético do "a vista de pájaro" é o pássaro parado, planando, passeando e observando. Coisa impossível de ser feita em meia dúzia de dias e à velocidade que fiz. Enquanto o livro traz fotos "a vista de pájaro", eu procurei fazer uma foto "a vista de 300 km­/hora". Minha foto nesta velocidade não tem como ser nítida. Meus olhos não têm a técnica de nenhuma máquina eletrônica, e tampouco a minha velocidade e altura possibilita "a vista de um pájaro". Meu voo foi ao rés do chão ou a poucos metros acima. Uso o termo "a vista de 300 Km/hora" e ao rés do chão porque assim foi minha viagem. Poucos dias, portanto pouco debate, pouca leitura e, consequentemente, pouca informação. Além disso, o devido cuidado, porque não conheço a história de uma civilização milenar. Fui à China através do professor Evandro Menezes de Carvalho, que pessoalmente e através de seu artigo "A China e seus dois Ocidentes. Qual é o nosso...", publicado na revista China Hoje, muito me ensinou em tão poucos dias. ?Avisa o professor: ?há todos os tipos de clichês. ?"A China confusionista, do chinês mal-educado, da culinária peculiar", e se ficarmos com os clichês ficaremos com "um país que não existe". Tive a oportunidade de fazer uma viagem de trem de Pequim a Shangai. Durante a viagem, li um pouco sobre a China e fiz algumas anotações do que vi em um trem a 300 quilômetros por hora. A China mantém relações políticas com o Brasil há mais de 200 anos. Há que se registrar que em 1812 a China montou um pavilhão no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, portanto no Brasil imperial. Hoje, mantemos com a China uma forte relação comercial, e ela é a principal compradora de commodities do Brasil. Fui a China a convite da Universidade Fundan, de Shangai, para debater os Brics (bloco de países constituído por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Tal convite demonstra o interesse, não só pelo Brasil, mas pelo Mercosul.? Ao fim da Segunda Guerra Mundial, os EUA eram 'donos' de mais de 50% do Produto Interno Mundial. Hoje, respondem por menos de 20% e a China tem um peso relevante. Nenhuma decisão de relevância, em qualquer assunto internacional, é tomada sem levar em consideração os Brics. Se antes era um grupo de sete (G7) países que decidiam o destino do mundo, hoje é o G-20, do qual o Brasil (com Lula e Dilma) faz parte e é um dos fundadores. Antes, tínhamos o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional que decidiam, hoje temos o Banco dos Brics (constituído no governo Dilma), que será uma alternativa à velha arquitetura financeira.? Pouco vi, mas alguma coisa vi a '300 por hora'. Vi um território com inúmeras construções (edifícios, pontes, viadutos, dutos, rodovias, ferrovias, etc.); cortado por torres de transmissão de energia (a China é a maior consumidora do mundo) e de comunicação; plantações com e sem irrigação e em estufas; sistemas de captação de energia eólica e solar; trens de alta e baixa velocidade, de passageiros e de carga. Só não vi espaços vazios. Vi também muita vontade de trabalhar com o Brasil, os Brics, o Mercosul e a América Latina. Após, mesmo tendo ficado poucos dias e ter participado de poucas, ou seja, ter vivido tudo a '300 por hora', volto da China com a mesma pergunta do artigo de Evandro Carvalho, qual dos Ocidentes é o nosso? A resposta a esta pergunta somos nós que temos que dar. Somos nós, Brasil e Mercosul, que teremos que responder. Se quisermos alcançar uma velocidade de 300 por hora e um mundo multipolar, temos que saber escolher os aliados. Mais sobre política externa
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

política externa globalização Dr. Rosinha China Brics Mercosul ocidente Parlasul oriente

Temas

Mundo

LEIA MAIS

Mundo

Saída do Acordo de Paris enfraquece os Estados Unidos, avalia governo sueco

meio ambiente

Lula e Trump: unidos pelo petróleo?

transparência internacional

Brasil é o segundo país com mais mortes de defensores do meio ambiente

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

Judiciário

Fux vota contra cautelares impostas por Moraes e Bolsonaro

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES