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Congresso em Foco
29/6/2016 | Atualizado às 16:47

Além de Fortaleza, Rio Branco e Recife, o PT considera que tem candidaturas competitivas em Natal, Goiânia, Manaus e Porto Alegre. Em cidades grandes do interior a sigla também terá dificuldades. A opinião pública nos municípios mais populosos é influenciada pelas crises nacionais, como a atual, com elevado índice de desemprego e constantes denúncias de corrupção – nesse caso específico, preocupam os petistas as delações de réus presos nas operações Lava Jato, Acrônimo e Zelotes que relatam pagamento de propina à legenda por empreiteiras que prestam serviço à Petrobras.
Desde 1988, o PT aumenta significativamente o número de prefeitos e vereadores a cada eleição municipal. Em 1992, tinha 54 prefeitos. Na eleição seguinte, mais do que dobrou este número. Em 2000, o partido foi escolhido para administrar 186 municípios. Quatro anos depois, no segundo ano do governo Lula, pulou para 409. No pleito de 2008, foram 558 prefeitos eleitos. Em 2012, bateu o recorde e chegou ao poder em 635 cidades.
Mensalão e Petrolão
O desgaste dos petistas junto à opinião pública começou em 2005, com o julgamento do mensalão, que condenou e prendeu próceres da sigla como o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha. Os primeiros sinais da onda anti-PT foram percebidos logo após as eleições municipais de 2012. Neste pleito, o partido ainda foi escolhido para administrar um bom número de municípios.
Com a força da terceira eleição para a Presidência da República, ganhou um lote de adesistas e contabilizou 635 prefeitos. Um ano depois, uma onda de desfiliações derrubou as estatísticas, reduzindo a administração do partido a 530 cidades.
Em março deste ano, quando o ex-presidente Lula foi levado coercitivamente para depor na Polícia Federal como suspeito de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, aumentou a debandada de prefeitos. “A tendência é a perder um bom número de prefeitos e vereadores em razão da crise do impeachment e da campanha pela criminalização da política em geral e do partido em particular”, admite o senador Paulo Rocha (PA), fundador da legenda.
A direção nacional do partido prevê dificuldade na próxima campanha. Mas não admite que haverá um desastre. Joga a culpa pela redução de municípios administrados pela legenda ao troca-troca geral e até natural de siglas em razão do fisiologismo. A cúpula também alega que há uma campanha contra o PT.
“O PT é forte, mas sofre um ataque diuturno e é vítima de um golpe que nos atinge em cheio”, diz o secretário de organização do partido, Florisvaldo Souza.
Com a crise do impeachment da presidente Dilma Rousseff e as consequências do elevado índice de desemprego, resultado do desastre na condução da economia, o PT corre o risco até de ter seu registro barrado na Justiça eleitoral, por ação de opositores. Até as eleições de outubro, o partido pretende fechar antigas alianças com partidos de esquerda, ao passo em que terá de escapar da Justiça e conquistar eleitores.
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