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Congresso em Foco
8/12/2019 | Atualizado às 12:46
Domingos Neto diz que não vai retirar recursos de áreas essenciais para elevar valor do fundo. Foto: Agência Câmara
Para Mandetta, dinheiro que deveria ir para a saúde vai financiar campanha política. Foto: Agência Câmara
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reagiu à aprovação do aumento do fundo. Segundo ele, a medida tira R$ 500 milhões do financiamento da saúde, o que o relator nega. Domingos Neto diz que não prejudicou qualquer área e que os recursos destinados às campanhas virão de uma receita que não estava sendo contabilizada: o uso de dividendos de empresas como a Petrobras e o Banco do Brasil.
Ele estima que haverá um acréscimo de R$ 7 bilhões na receita, com base no que o governo tem a receber de estatais. Com a nova estimativa de ganhos, a projeção de receita passou de R$ 1,637 trilhão para R$ 1,644 trilhão. Parte dessa diferença foi remanejada para ampliar o fundo eleitoral para R$ 3,8 bilhões. Segundo o relator, os R$ 5,2 bilhões restantes serão direcionados pelos parlamentares para áreas como saúde, educação e infraestrutura.
"Infelizmente, ontem, nós fomos surpreendidos para a retirada de R$ 500 milhões da saúde, do Orçamento, para poder alocar no fundo eleitoral, sendo que a saúde, eu tenho certeza, os prefeitos estão aqui, vai ser o principal tema da eleição de 2020 em todos os municípios. Com esses R$ 500 milhões, podem ter certeza que a gente poderia fazer muito mais e fazer chegar de uma maneira muito mais intensa para que vocês possam entregar as realizações em 2020", lamentou na última quinta-feira (5), em Bento Gonçalves (RS), o ministro da Saúde.
Para valer, o aumento precisa ser aprovado no relatório final de Domingos Neto na Comissão Mista de Orçamento e depois no plenário do Congresso Nacional. O texto seguirá, então, para a sanção do presidente Jair Bolsonaro. Dois partidos, o Novo e o Cidadania, têm protestado contra o aumento do fundo. As duas legendas são contra a utilização de recursos públicas nas campanhas eleitorais, mas têm poucos deputados.
O primeiro ato para a elevação do fundo foi a derrubada, há cerca de dez dias, de um veto do presidente Jair Bolsonaro que restringia o valor dos recursos. O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho do presidente, votou para derrubar o veto do pai. Criticado nas redes sociais, ele publicou, então, um vídeo para se explicar. Flávio disse que se confundiu na hora de preencher a cédula de votação e garantiu que, apesar disso, é contra o aumento do fundão. No fim, comprometeu-se a não usar esse recurso nas suas próximas campanhas.
> Fundo eleitoral de R$ 3,8 bilhões: veja como cada deputado votou

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