Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
26/12/2019 | Atualizado às 10:26
Houve tentativa de golpear os cofres do PSL, diz Junior Bozzella sobre ala bolsonarista. Foto: Agência Câmara
Luciano Bivar e Bibo Nunes: deputados vivem hoje em guerra declarada no PSL
Junior Bozzella considera inadmissível deputados que se movimentam para deixar o PSL e construir o novo partido de Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil, continuem a representar a sigla na liderança e em comissões. “Não entendo como o Eduardo continua querendo ser líder do PSL. No lugar dele eu teria abdicado da liderança do partido. Publicamente, ele virou a chave. Isso incorre numa infidelidade partidária”, disse.
O deputado paulista afirma que foi a disputa por dinheiro que motivou a saída de Bolsonaro do partido. “Houve uma tentativa de golpear os cofres do PSL. Queriam ter poder sobre fundo eleitoral e partidário, era essa a intenção. Ficou provado. Era cortina de fumaça. Queriam monopolizar e ter para si o controle dos fundos. Somos um partido plural que tem 53 deputados, que ajudaram o presidente a se eleger. Quando ele tinha 3%, ninguém tinha coragem de citar o nome dele, mas a gente estava na rua”, criticou Bozzella.
Para Bibo, Eduardo Bolsonaro tem o direito de querer ocupar a liderança do partido, pois ainda faz parte dele e não está correndo atrás de assinaturas para criar o Aliança pelo Brasil. “Todos sabem que os dissidentes tendem a ir para o novo partido. Temos de respeitar a legenda em que estamos. Não vamos chamar ninguém para se filiar ou ir atrás de assinatura. Apenas divulgar que é um excelente projeto”, defendeu o aliado da família Bolsonaro.
Cabe à comissão de ética e à executiva nacional, dominada por Bivar, decidirem pela expulsão. Pela lei sobre a infidelidade partidária, eles não estarão sujeitos à perda do mandato, diferentemente do que ocorreria se deixassem a sigla espontaneamente.
Disputa milionária
O líder da ala de Luciano Bivar aposta que os dissidentes não conseguirão levar recursos dos fundos eleitoral e partidário quando deixarem o PSL. "Se você seguir à risca a lei e não se utilizar de outros instrumentos, não há caminhos para que isso aconteça. Todos cometeram infidelidade partidária. Não tem cabimento levarem o fundo eleitoral. Buscam a justa causa para levar dinheiro. Mas o TSE tem jurisprudência que mostra que isso é impossível. Considero a possibilidade de isso ocorrer praticamente zero. Isso criaria instabilidade política muito grande”, disse Bozzella.
O PSL deve receber cerca de R$ 200 milhões apenas para custear campanhas eleitorais em 2020. O grupo de Bolsonaro queria o controle desses recursos, alegando que a gestão de Bivar não é transparente.
Segundo o deputado, essa é uma desculpa usada por bolsonaristas para tentar controlar a distribuição da verba. Para ele, Bolsonaro é um presidente que demonstra descontrole emocional e que ainda não se adequou à cadeira que conquistou com o apoio do partido.
“A recente declaração dele, agredindo jornalista, é um descontrole emocional. Ele se diminui, não sabe o tamanho da responsabilidade da cadeira. Às vezes se sente menor, às vezes maior que a cadeira. Não encontrou ponto de equilíbrio com a cadeira. Troca os pés pelas mãos. Faz política com o fígado, não tem grandeza de agregar valores. Pensa apenas nele e nos filhos. A gente acaba se decepcionando”, criticou Bozzella.
De acordo com o parlamentar paulista, sem os apoiadores de Bolsonaro, o PSL deverá assumir uma posição de total independência na Câmara. Ele indica que o partido seguirá o Palácio do Planalto na pauta econômica liberal, mas não terá alinhamento automático. “Vamos apoiar aquilo que for bom para o país. Não vamos fazer oposição ao Brasil”, disse.
> Bebianno vai à Justiça contra Bolsonaro: “Precisa de tratamento psiquiátrico”

Tags
LEIA MAIS
{ "datacode": "NOTICIAS_MAIS_LIDAS", "exhibitionresource": "NOTICIA_LEITURA", "viewed": [] }