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mudança ministerial
Congresso em Foco
8/6/2023 11:48
União quer Ministério do Turismo, hoje comandado por Daniela Carneiro, em litígio com o partido. Foto: Ricardo Stuckert
Sabino viajou com Bolsonaro para o Pará. Proximidade com o então presidente criou desgaste no PSDB, seu partido à época. Foto: Reprodução
O deputado, que está em seu segundo mandato federal, é formado em Direito e administração pública. Auditor fiscal concursado da Secretaria da Fazenda do Pará, foi deputado estadual e Secretário Estadual de Trabalho, Emprego e Renda, além de presidente do Instituto de Metrologia do seu estado. Nos últimos dias, ele pediu apoio político ao governador Helder Barbalho (MDB), um dos mais próximos de Lula e irmão do único ministro paraense até o momento, Jader Filho, das Cidades. Ambos são filhos do senador Jader Barbalho (MDB-PA).
Desgaste no PSDB
Em 2021, o deputado relatou a chamada PEC da Impunidade, que definia que o parlamentar só pode ser prisão em flagrante nos casos citados explicitamente pela Constituição: racismo, crimes hediondos, tortura, tráfico de drogas, terrorismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático. A PEC foi apresentada após a prisão de Daniel Silveira, mas, em meio a grande polêmica, acabou não tendo sua votação concluída.
Esse foi um dos pontos de atrito dele com o PSDB, o seu então partido, que o considerava próximo demais de Jair Bolsonaro de Arthur Lira. Em 2020, Sabino chegou a sofrer processo de expulsão depois de anunciar que assumiria o cargo de líder da Maioria na Câmara sem que houvesse uma decisão nesse sentido por parte da bancada. Diante da crise instalada, o bloco que apoiava a mudança do líder acabou recuando da indicação em meio à briga dos tucanos. Sua nomeação tinha o apoio de Arthur Lira.
Na época, Sabino também foi duramente criticado por ter viajado com Bolsonaro para o Pará para a inauguração de uma obra. Durante a viagem, publicou foto em que apertava a mão do presidente. A postura foi considerada inadequada por parte dos tucanos, pois o partido se declarava independente em relação ao governo. Ele era considerado um dos principais articuladores da migração do PSDB para a base de Jair Bolsonaro.
Em agosto de 2021, ele entrou com pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se desfiliar do PSDB sem perder o mandato na Câmara por infidelidade partidária. Alegou que havia recebido menos recursos nas eleições de 2014 e 2018 e que havia sido tratado com desrespeito por colegas por ter recomendado o arquivamento, na condição de relator, do processo interno que pedia a expulsão de Aécio Neves (MG) do PSDB. O pedido de expulsão havia sido articulado pelo grupo do ex-governador de São Paulo João Doria, que travava uma queda de braço com Aécio pelo controle da legenda.
(Des) União Brasil
Liberado pelo partido para deixar a legenda em março de 2021, Celso Sabino acabou se filiando ao União Brasil assim que a sigla foi criada, a partir da fusão do PSL e do DEM.
Além do Ministério do Turismo, o União é responsável por outras duas pastas: Comunicações, comandada pelo deputado Juscelino Filho (MA), e Integração e do Desenvolvimento Regional, chefiada por Waldez Góes. Ex-governador do Amapá, Waldez se licenciou do PDT para assumir o cargo por indicação do senador Davi Alcolumbre (União-AP). Daniela só aguarda o aval do TSE para deixar o União e se filiar ao Republicanos sem o risco de perder o mandato de deputada por infidelidade partidária. A bancada do partido na Câmara alega que não foi consultada sobre as indicações ministeriais e que, por isso, não se considera parte do governo. É essa equação que o presidente Lula tenta resolver com a provável mudança no ministério.Tags
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