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Intervenção militar tem campanha em vídeo; "mesma falácia de 64", reage jurista

Congresso em Foco

26/5/2020 | Atualizado às 19:57

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De forma aparentemente didática, feito a partir de ilustrações e narração em off, um vídeo que defende a intervenção militar com a manutenção de Jair Bolsonaro no poder e afirma, entre outras coisas, que "Câmara, Senado e STF estão tomados por bandidos", tem circulado em redes sociais e grupos de WhatsApp. O profissionalismo do vídeo e retórica bem menos agressiva que a usual para o tema, mostra que a ideia de intervenção militar não está restrita apenas aos guetos da direita radical. O Congresso em Foco optou por não reproduzir o vídeo para não servir de plataforma a ideias antidemocráticas. [caption id="attachment_436099" align="alignleft" width="300"] Frame do vídeo que defende intervenção militar[/caption] Apesar da aparência de quem fala com propriedade sobre algo legal, o vídeo recorre a falácias jurídicas para defender ilegalidades. Em determinado momento, o narrador não identificado do vídeo diz que não pede por uma ditadura militar, mas sim uma intervenção. Para Cezar Britto, advogado, escritor e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, não importa o nome que se utiliza. "O que se quer, na verdade, é a volta da ditadura militar sem disfarce", afirma. > Bem-vindos ao clube, Globo e Folha! O jornalismo não cabe em cercadinhos O jurista também questiona a autoria do vídeo, sobretudo, quem estaria financiando a obra. "O nome não tem importância quando o que se quer é o fim da democracia. Mas a pergunta que se faz não é a intenção de quem divulga o vídeo, claramente se quer uma ditadura militar. A pergunta que se faz é: quem está pagando? Quem está financiando? Quem está patrocinando atos claramente inconstitucionais e antidemocráticos?", questiona. Na opinião de Britto, é preciso saber se há dinheiro público na realização da peça publicitária e se foi patrocinada pelo gabinete do ódio. Em outro trecho, o texto diz  não querer "um AI-5 ou o artigo 142", mas sim "uma pauta única, sendo essa a senha que o Exército precisa para entrar em ação." Na análise do jurista, há inúmeras semelhanças entre o discurso proferido agora e os ânimos políticos nos anos 1960. "À pretexto de ser uma marcha do povo, pela propriedade, família, tradição, como em 1964, o que se quer é o fim da democracia. No vídeo, claramente se prega a revogação da Constituição Federal. [...] O que se quer é calar o Brasil. Calar o povo, ironicamente dizendo que é em nome do povo". Não coincidentemente, são "as mesmas palavras de ordem que aparecem em manifestações no Brasil e na porta do Planalto com apoio do presidente da República, até porque é beneficiário do golpe ou do autogolpe ali propagandeado". [caption id="attachment_436102" align="alignleft" width="300"] Frame do vídeo que defende intervenção militar[/caption] "Se olharmos os atos institucionais de 1964, principalmente quando revogada a Constituição da época, também se dizia a mesma coisa, que a Constituição tinha sido apropriada pelos comunistas. Agora, é de socialistas, que em 1988 tomaram conta do poder. A mesma falácia, a mesma vontade de acabar com a democracia. Lembre-se que em 1964 também falava-se que o golpe militar iria restabelecer as eleições e demoramos 21 anos para elegermos nosso presidente", diz. > Deputados pedem impeachment de Heleno por crime de responsabilidade; leia a íntegra Em outro trecho do vídeo, o narrador escancara seu desprezo à legalidade: "Não se prenda à pedra de tropeço que pode ser o legalismo, pois o povo pede o que o povo quer". As consequências de uma ditadura, explica Britto, o Brasil já conhece. "É o Congresso fechado, o Supremo fechado, é censura na imprensa, também aqui chamada de subversiva. É tortura, exílio, desaparecimento. É sequer poder dizer, como no passado, que havia uma crise que matava de meningite no Rio de Janeiro para não parecer que a política de saúde da ditadura militar era ineficaz, como agora se nega  a existência de uma pandemia que mata brasileiros e brasileiras", conclui.
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