Tebet diz que respeitará decisões da terceira via

Pré-candidata à presidência da República, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou, nesta segunda-feira (16), que irá respeitar as definições dos partidos da terceira via sobre uma candidatura única. A fala foi feita durante um ciclo de debates com pré-candidatos organizado pela Associação Comercial de São Paulo. "Amanhã o centro-democrático vai decidir quem é o candidato ou candidata desse centro. Estou pronta para aceitar o resultado. Eu aceitei as regras do jogo. Deixei ao presidente do meu partido o poder de decidir. Não sei o que está sendo feito, não conheço a pesquisa, não sei os critérios dela e não me interessa. Eu faço parte desse time", afirmou. Em conjunto, Cidadania, MDB e PSDB contrataram uma pesquisa para analisar a viabilidade dos pré-candidatos e fechar em um nome que se mostre como alternativa à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT). Além de Tebet, estão em jogo os nomes do ex-governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Vencedor das prévias internas do partido, Doria vem proferindo críticas ao método escolhido pelos partidos para definir a candidatura única. Em carta enviada no último sábado (14) ao presidente nacional do partido, Bruno Araújo, o pré-candidato do PSDB considerou a contratação da pesquisa como uma "tentativa de golpe", reafirmou que não vai desistir da candidatura e indicou que pode judicializar a situação. Tebet ressaltou que irá respeitar a decisão dos partidos e que seguirá o projeto mesmo se perder o apoio dos outros pré-candidatos. "Com ou sem frente democrática, se meu nome for escolhido e outros resolverem não aceitar as regras do jogo e tentarem judicializar, é um direito que lhes assiste. Eu continuo. Estou pronta para falar ao Brasil", destacou. A senadora afirmou que estará no palanque dos partidos de centro-democrático, mesmo se não for a candidata escolhida. "Vou estar no palanque do centro-democrático por convicção de que a polarização ideológica está levando o país para o abismo", concluiu.