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Parábola 32: namastê, Buda!

Parábola XXXII - Namastê, Buda!, por Cezar Britto. Artigo de Opinião publicado no portal Congresso em Foco

Cezar Britto

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14/11/2021 | Atualizado 27/12/2021 às 15:22

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Emanuel convidou Jaci e Oxalá para recepcionarem um convidado muito especial e querido da humanidade. Embora soubesse da clarividência dos dois, Emanuel não quis dizer o nome de seu visitante, na remota esperança de que poderia causar uma surpresa positiva quando o descobrissem. Quando chegaram, perceberam que Emanuel havia preparado uma linda mesa repleta de alimentos veganos, bebidas não alcoólicas e mensagens positivas em sânscrito. – Que lindo! – exclamou Jaci. – Ainda mais com esses cânticos de louvor ao nosso Sidarta! Então é essa a surpresa! Viva! – Eu sabia que você ia gostar de saber da visita dele, querida Lua – sorriu Emanuel. – Seres iluminados se reconhecem um no outro. – Será que é por essa intimidade reconhecida, que a nossa sapeca ainda chama Buda pelo nome de Sidarta – brincou Oxalá. – Mesmo tendo ele deixado no passado o nome de nascença? – Nunca perguntei o que ele achava disso, mas sei que ele um dia olhou para mim e disse: “Não tenha medo de desapegar do que não te serve, na vida tudo passa” – gargalhou Jaci. – Será que era uma indireta? – Sei não, Jaci! – brincou Oxalá. – Mas ele é exemplo de desapego, pois renunciou a um luxuoso principado na Índia e ao destino nababesco que a riqueza paterna lhe oferecia, para se dedicar à busca de conhecimentos que pudessem dar fim à miséria e ao sofrimento. – E é por isso que eu gosto tanto dele – afirmou, Jaci. – Ele saiu da fase minguante em que permanentemente vivia, para, despido de qualquer vaidade ou propriedade material, crescer e iluminar espiritualmente o mundo. – Aí você faz questão de lembrar a ele da fase Sidarta – seguiu, brincando, Oxalá. – Acho que seria a mesma coisa chamar Paulo de Tarso pelo antigo nome de Saulo, não é Emanuel? – Bem lembrado! – concordou Emanuel. – Paulo também fez uma mudança radical em sua vida. De militar romano que perseguia e matava os seguidores de meu Pai, tornou-se um apóstolo Dele. Mudou completamente o foco do seu bom combate. – Estou começando a achar que vocês têm a mais absoluta razão – reconheceu   Jaci. – A partir de agora somente chamarei Sidarta pelo nome de Buda. – Eu também gosto quando contam da transformação do filho de Bayani em Xangô – lembrou Oxalá. – A transmutação de uma pessoa comum em orixá aponta a importância da correção durante o caminho escolhido, usando uma das lições de Buda. – Eu mesma contei para vocês a história de Yaci – complementou Jaci. – Ela se ofereceu em sacrifício para salvar o seu povo da fome, transformando o seu corpo em nova vida e fonte de energia. – Apaixonante a história do nascimento do açaí, Jaci – pontuou Oxalá. – Todas essas pessoas têm em comum a ideia de que nossas criaturas podem mudar radicalmente, desde que essa mudança seja sincera, correta e real. – Meu Pai ensinou em Efésios que quanto à maneira antiga de viver, as pessoas deveriam aprender a despir-se do velho e se renovarem no modo de pensar, revestindo-se em novas pessoas – emendou Emanuel. – Eu amo a borboleta por ter o poder de metamorfosear-se por inteiro – pontuou Jaci. – A borboleta não é superficial, oportunista ou traiçoeira. Ela sai do casulo para uma nova vida, livre, colorida, modificadora. – Como fez Buda, ao sair da redoma de vidro que o separava do mundo real. Ele escolheu o caminho do coração, da paz que vem de dentro, da conquista vivida na plenitude do hoje – complementou Oxalá. – Não fez uma mudança fictícia, daquela que é utilizada para encanar as pessoas incautas. – “Não importa quantas palavras sagradas tenhas lido, e não importa quantas tenhas dito. De nada servirão se não agir de acordo com elas” – ouviu-se a voz iluminada de Buda, ao ingressar na casa de Emanuel, cumprimentando os presentes com as mãos juntas e fazendo uma respeitosa reverência. – Namastê! – Namastê, meu querido Buda!  – respondeu, alegre e brilhante, Jaci, não esquecida do nome adotado por Sidarta. – Estava com saudade de você, das nossas caminhadas noite adentro. – “Toda grande caminhada começa com um simples passo” – respondeu, carinhosamente Buda. – E nós já estamos caminhando, esperançados, por muito tempo, não é? – Verdade, meu amigo de infinitas jornadas! – cumprimentou, efusivamente, Emanuel. – Bem-vindo à nossa morada! – Prazer em reencontrar você, Buda – disse Oxalá, abraçando-o. – Eu não via a hora de nos encontrarmos, luzes da humanidade! – retribuiu Buda. – Mas eu tinha certeza do nosso reencontro, pois “tudo que somos é o resultado do que pensamos”. E precisamos pensar juntos e juntas, caso queiramos mudar a própria humanidade. – Amém! – respondeu Emanuel. – Entre! Nós temos muito trabalho a fazer. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected]. > Leia mais textos do autor
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