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Do Val, Valdemar... Irresponsáveis golpistas ou malucos?

Marcos do Val agora não sabe nem onde esteve com Bolsonaro. Valdemar diz que sua frase era "metafórica". Querem se passar por malucos?

Rudolfo Lago

Rudolfo Lago

2/2/2023 17:53

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Em si, tramar um golpe de Estado já é um ato de extrema irresponsabilidade. Implica atentar contra as instituições, contra o Estado Democrático de Direito. Impossível que aconteça sem que haja alguma violência. É crime. Previsto inclusive no Código Penal. Os bolsonaristas, porém, dobram o grau de irresponsabilidade como Dilma Rousseff "dobrava a meta", A impressão que passa é que entenderam mal as ideias da aplicação das técnicas militares de guerra híbrida na política que aprenderam com Steven Bannon. Elevam a tal ponto as táticas de diversionismo que acabam eles mesmos se perdendo nelas. Literalmente, foi o que aconteceu na tarde desta quinta-feira (2), quando o senador Marcos do Val (Podemos-ES) ficou rodando a esmo pelo Senado cercado por uma multidão de jornalistas dizendo coisas desconexas. Tramar um golpe é tramar o cometimento de um crime. Portanto, ou o plano dá certo ou a consequência é cadeia. Comparando-se com 1964, é claríssima ali a meticulosa organização das etapas, desde a infiltração do Cabo Anselmo para insuflar marinheiros de baixa patente até a articulação militar e da sociedade civil passando pelo apoio internacional (os Estados Unidos posicionaram uma frota de navios de guerra na costa brasileira para o caso de necessidade). Comparado a isso, o golpe tentado pelos bolsonaristas é um trágico circo mambembe. O episódio agora com Marcos do Val é como uma apresentação mal combinada de trapezistas. Um dele se lança, dá um salto mortal esperando que o outro então lhe ampare. Mas, em vez disso, o outro deixa o trapezista no ar. Ele cai, então, na rede de proteção, sobe as escadas de volta, se lança outra vez para novamente acabar solto no ar outra vez. O que diabos Marcos do Val pretendia quando procurou a revista Veja para contar que teria sido chamado para uma conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto na qual o ex-deputado Daniel Silveira (sem partido-RJ) lhe propõe gravar ilegalmente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) com equipamentos da Agência Brasileira de inteligência (Abin) para incriminá-lo e dar, assim, a partida a um golpe? O que diabos ele pretendeu ao mudar de versão dizendo agora que Bolsonaro só ouviu a proposta, que seria integralmente de Daniel Silveira e que não sabe se a conversa foi no Alvorada porque não sabe onde ele estava? As duas versões jogam o cometimento de um crime no colo de Bolsonaro. As duas versões podem ser confrontadas com os demais. Daniel Silveira, agora um cidadão comum, sem mandato e preso, vai confirmar que tudo isso saiu somente da sua cabeça? E o que dirá Alexandre de Moraes? Afinal, Marcos do Val avisou tudo a ele. Avisou que Bolsonaro estava dentro da trama de um golpe, conforme a primeira versão, ou que era só Daniel Silveira, conforme a segunda? Ou Marcos do Val está querendo nos convencer que se trata de um maluco? Não sabe o que disse, não sabe onde estava. Se o propósito era arrastar tudo para uma CPI, segue no caminho da irresponsabilidade. Como disse Ulysses Gumarães, CPI se sabe como começa e não como se termine. Houve um presidente que achou que controlava uma: Fernando Collor. Acabou sofrendo impeachment. O Brasil vai ficando próximo do manicômio do dr. Simão Bacamarte do conto "O Alienista" de Machado de Assis. Aquele que interna metade da cidade como malucos, depois muda de ideia e interna a outra metade para, no fim, se convencer de que o maluco era ele. Na mesma linha da maluquice se encontra o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Aquele que disse que decreto golpista "tinha na casa de todo mundo". E agora à polícia diz que isso era "uma frase metafórica". Irresponsáveis. Aparentemente, querendo se passar por malucos. Em busca de um Simão Bacamarte que inverta a população do manicômio internando dentro dele todos nós.
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