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Rudolfo Lago
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Novo governo
22/11/2022 | Atualizado às 14:12
Durante os últimos quatro anos, o Ministério da Saúde brigou com o sistema de saúde pública brasileiro. Inações no lugar de ações. Ignorância no lugar do crédito à ciência. Desmonte de políticas que levaram anos para serem construídas e que tornaram o Brasil referência no setor. “Será preciso recuperar a capacidade do Ministério da Saúde de coordenar o sistema nacional de saúde”, diz, em entrevista ao Congresso em Foco o ex-ministro da Saúde Arthur Chioro, integrante do grupo de transição do novo governo para o setor.
Médico sanitarista, Arthur Chioro foi ministro da Saúde entre 2014 e 2015, no governo Dilma Rousseff. Integra agora o grupo de transição que trata de saúde. Segundo Chioro, já na primeira semana após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, escolhido coordenador da transição, já pediu que fosse feita uma análise criteriosa do orçamento da saúde para 2023 e das necessidades que não estavam contempladas. Foi uma das primeiras áreas a começar a ser analisada, segundo Chioro, já “na quarta ou quinta-feira” após a eleição.
Veja em vídeo trecho da entrevista:
Segundo Chioro, a equipe de transição chegou à conclusão de que serão necessários R$ 22,8 bilhões para recompor o orçamento da saúde e para cobrir suas ações emergenciais. Além do valor já divulgado, de R$ 10,5 bilhões. “Esses R$ 10,5 bilhões foram cortados para dar lastro, para sustentar o chamado orçamento secreto”, explica Chioro. Nesses cortes, áreas como o tratamento de câncer, por exemplo, ficaram sem recursos para que os deputados pudessem ter reservados os R$ 19 bilhões que pulverizam em emendas pelo país sem a possibilidade de acompanhamento.
Há, porém, segundo o ex-ministro, outras ações emergenciais que precisarão também ser contempladas. “Auxiliar as Santas Casas, enfrentar o problema das filas de cirurgia, adquirir mais vacinas, adquirir mais medicamentos, incorporar pelo meos mais alguns medicamentos na Farmácia Popular”, exemplifica.
A ideia do grupo na área de saúde é que, garantida a autorização na PEC da Transição para gastos no valor de R$ 175 bilhões acima do teto de gastos para custear os programas sociais, abra-se espaço no orçamento para recompor o setor.
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