Caso Banco Safra: processo parado por falta de dinheiro
Congresso em Foco
10/4/2012 | Atualizado 30/3/2013 às 16:54
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O volumoso processo de 3.500 páginas que tramita na 3ª Vara Cível de Campinas (SP) e que inclui um depoimento de uma ex-gerente da instituição apontando uma fraude cometida pelo Banco Safra está parado. Depois de tramitar por quase seis anos, o problema do questionamento de dívidas entre banqueiros e lojistas não é solucionado por outro problema de dinheiro. É preciso que a família Gobbo, dona de uma rede de lojas em Campinas, pague os honorários de outra perícia judicial no caso. São necessários R$ 10.920,83 para pagar serviços já prestados pela economista e perita judicial Marlene Braz Pinto Nogueira. Depois que o valor for pago, ela deverá prestar novos esclarecimentos sobre questões levantadas pelo banco e pelos lojistas.
Lojistas acusam Banco Safra de aplicar golpeLeia outros destaques de hoje no Congresso em Foco
O valor tem que ser pago rapidamente pela família Gobbo. Se não, o processo pode ser julgado sem informações necessárias. Sem dados que deem segurança ao magistrado, o caso pode ser arquivado por ele. "Intime-se o requerente para depósito dos honorários periciais, no prazo de dez dias", ordenou o juiz Ricardo Hoffman, em despacho no mês passado.
Como revelou ontem o Congresso em Foco, uma família de lojistas de Campinas trava uma batalha na Justiça contra o Safra. Empréstimos que antecipavam vendas feitas no cartão de crédito pela loja eram baseados em contratos assinados em branco. Depois, por ordem da Justiça, como depôs uma ex-gerente da instituição financeira, os documentos eram assinados com data retroativa. A surpresa vinha aí: as taxas cobradas eram o dobro do valor combinado com o cliente, segundo a acusação.
Mais processos
Além desse processo, os Gobbo movem mais dez ações pedindo revisão de cláusulas de contratos. O banco também processa os empresários pedindo a execução da dívida e tenta tomar seus bens com mandados de busca e apreensão.
Também houve a abertura de um inquérito no 13ª Distrito Policial de Campinas. Mas o caso acabou sendo arquivado pelo Ministério Público, por razões desconhecidas.
Veja abaixo a lista com 18 ações em andamento.
OS PROCESSOS CONTRA O SAFRA E OS GOBBO