[caption id="attachment_219928" align="alignleft" width="285" caption="Cúpula do Democratas discute futuro do partido nesta quinta-feira em Brasília"]

[fotografo]Divulgação[/fotografo][/caption]O Democratas tomou uma importante decisão política nesta semana: aceita salvar o mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se ele renunciar ao cargo e aceitar ser investigado pelo Conselho de Ética. A bancada de deputados do DEM não topa manter Cunha no cargo porque teme ser contaminada, junto à opinião pública pelas denúncias formais do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que acusa o presidente da Casa de corrupção e lavagem de dinheiro.
A bancada e a direção do DEM estão de olho na influência que Cunha pode continuar tendo entre parlamentares de vários partidos e diversos estados depois que ele deixar a presidência. "Só aceitamos discutir o assunto depois que Eduardo Cunha aceitar ser investigado no Conselho de Ética e deixar o cargo", disse o senador Ronaldo Caiado.
O DEM quer ocupar espaço na próxima eleição da Mesa da Câmara, prevista para o início de 2017, e espera, em troca, o apoio de Cunha que teria, hoje, influência sobre uma bancada de mais de 100 deputados. O Democratas tem apenas 20 parlamentares na Casa atualmente.
Na próxima terça-feira o Conselho de Ética da Câmara voltará a se reunir para definir se inicia ou não o processo de cassação do mandato de Cunha. O representante do DEM no colegiado,
Paulo Azi (BA), prometeu manter o voto a favor do processo que pode levar a cassação de Eduardo Cunha. O parecer do relator,
Fausto Pinato (PRB-SP), é pela continuidade das investigações. Na avaliação de Pinato, há indícios de que Cunha quebrou o decoro por ter mentido à CPI da Petrobras ao negar que tivesse contas secretas na Suíça.
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